08/03/2023 às 09h13min - Atualizada em 08/03/2023 às 09h13min

Mais arrobas com as brachiarias brizanthas

As brachiarias brizantha hoje predominam no plantio de novas pastagens, sendo a cultivar Marandu a mais conhecida e plantada. O trabalho de seleção e melhoramento da Embrapa e de empresas têm colocado no mercado vários cultivares que têm se mostrado útil na diversificação tão saudável de capins, portanto temos muitas opções de cultivares dessa espécie que possui grande adaptabilidade às diferentes condições encontradas nas propriedades de pecuária. Entre elas temos a BRS Piatã, BRS Paiaguás, La Libertad (MG-4), Xaraés e Ipyporã.

As brachiarias brizantha têm bom valor nutritivo e produtividade (Tabela 1) e têm predominado na venda de sementes, pois tem grande adaptabilidade às condições de solo, clima e manejo encontradas nas áreas de pecuária do Brasil. O manejo é fácil, são resistentes a cigarrinha, algumas mais, outras menos, exceção à mahanarva spp. (cigarrinha da cana) que somente a Ypyporã apresenta resistência. São plantas que perdem o valor nutritivo mais lentamente que o Panicum e podem ser reservadas em pastejo diferido para a seca, exceção à Xaraez. Têm exigência média a alta em fertilidade e não toleram solos encharcados. Têm boa tolerância a sombreamento, se adaptando bem a sistemas com florestas (iLPF).

Tabela 1 - Comparação de algumas cultivares de Brachiaria brizantha quanto ao ganho de peso, taxa de lotação e produtividade de novilhos de corte, em Campo Grande, MS.

A Marandu tem como principais características resistência às cigarrinhas-das-pastagens, alta produção de forragem, persistência, boa capacidade de rebrota, tolerância ao frio, à seca e ao fogo. Exige solos bem drenados, de média a alta fertilidade onde produz de 8 a 20 toneladas de matéria seca por hectare, por ano. A Piatã é uma braquiária de fácil estabelecimento, adequada para uso em sistemas de integração lavoura-pecuária, que produz forragem com bom valor nutritivo, propiciando níveis de produção de carne superiores a 20 arrobas/ha.ano em pastagens bem manejadas e solos férteis.

A Brachiaria Brizantha cv. Xaraés (MG5) tem elevada produção de matéria seca, boa rebrota e melhor adaptação a solos mais úmidos que a Marandu, porém com a desvantagem da alta exigência em manejo. É uma cultivar para ser explorada principalmente nas chuvas, sem descuidar da taxa de lotação, pois perde o valor nutritivo rapidamente, não sendo ideal para pastos reservados para a seca. A Brachiaria Brizantha cv. BRS Paiaguás tem boa produção de folhas na seca e adaptação em sistemas integrados (iLPF), boa opção à ruziziensis, porém também é suscetível às cigarrinhas.

A BRS Ipyporã é uma cultivar de Brachiaria de boa produtividade e manejo relativamente fácil, como a cv. Marandu, porém com elevado grau de resistência à cigarrinha da cana do gênero Mahanarva, além de apresentar resistência às cigarrinhas típicas de pastagem dos gêneros Deois e Notozulia. A Brachiaria Brizantha cv. La Libertad (MG-4) tem boa adaptação a climas secos e facilidade de manejo, mas é suscetível às cigarrinhas.

As brachiarias brizantha são uma boa opção de forrageiras adaptadas às principais condições encontradas nas propriedades de pecuária brasileira e as variadas opções de cultivares podem atender as diferentes demandas.

 


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