28/02/2023 às 22h00min - Atualizada em 28/02/2023 às 22h00min

Agrishow: suspensa pela pandemia desde 2019, previsão é de inovações e recordes

São Paulo, 25 - A Agrishow de 2022, primeira desde 2019, deve ter novidades, lançamentos e pode bater recordes, de acordo com executivos que concederam, nesta sexta-feira, 25, entrevista coletiva sobre o evento, que foi suspenso nos últimos três anos por causa da pandemia. "Durante três anos, o agronegócio não parou e as fábricas também não", afirmou o presidente da Agrishow, Francisco Matturro. "O desenvolvimento de produtos continuou e o agro seguiu demandando, então a feira deve ter grandes novidades e lançamentos extraordinários." O presidente de honra do evento, Maurílio Biagi, afirmou: "Arrisco que a feira vai faturar acima de R$ 6 bilhões este ano. Tomara." Biagi explicou o raciocínio. "Só corrigindo pela inflação os R$ 2,9 bilhões arrecadados na última feira em 2019, chegamos a R$ 3,8 bilhões a R$ 4 bilhões. E existe uma demanda reprimida, ficamos três anos sem feira, há entusiasmo até psicológico, o visitante pode comprar mais do que desejava." O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), afirmou que nas edições anteriores o público visitante da feira chegou a 150 mil pessoas, que injetaram cerca de R$ 40 milhões na economia da cidade. "O evento é espetacular do ponto de vista das engrenagens que vão desencadeando e gerando vinda de recursos a Ribeirão Preto e ao entorno." O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, afirmou que este ano já esteve presente em feiras menores, como a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), e que elas tiveram resultados acima da expectativa. "E agora teremos a Agrishow, que é a mãe de todas as feiras e vai valer por três." Marchesan afirmou que, embora as linhas de crédito subsidiado já estejam escassas, o produtor tem um bom montante de recursos próprios que podem ser utilizados nas compras durante a feira, como aconteceu com as menores exposições das últimas semanas. "Nas feiras em Cascavel e Não-Me-Toque, grande parte dos negócios foi feito com recursos próprios. O produtor teve boa safra, renda, e está investindo com o próprio dinheiro mais do que com financiamento." Ele lembrou que o próximo Plano Safra 2022/23 pode ter problemas em virtude das dificuldades orçamentárias do Brasil. O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estêvão, disse que os recursos do Plano Safra e do Pronaf já acabaram, e que hoje a linha de mercado mais barata é a da Caixa Econômica Federal, com juros de 9,5%, com prazo de 10 anos. "Dentro da circunstância é razoável, principalmente num momento de Selic a quase 12%", declarou. Além disso, afirmou, as vendas de máquinas vêm crescendo como reflexo da maior rentabilidade dos agricultores. "E estamos otimistas porque para a safra 2022/23, que será plantada este ano, as projeções de rentabilidade ainda são boas. Os preços das commodities de exportação estão altos." Ele destacou, ainda, uma expectativa de aumento da área plantada e também do valor agregado das novas máquinas agrícolas como motivos de otimismo. A Agrishow 2022 ocorrerá em Ribeirão Preto (SP), entre os dias 25 e 29 de abril. São esperadas 800 marcas e mais de 150 mil visitantes. Os ingressos podem ser comprados no local da feira ou pelo site http://www.agrishow.com.br/.

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