O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira à tarde que o programa social que será lançado pelo governo federal em substituição ao Bolsa Família se chamará “Auxílio Brasil”. O novo nome já era ventilado por interlocutores do presidente e foi anunciado durante a posse do novo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, no Palácio do Planalto.
Bolsonaro também voltou a dizer que o valor do benefício será reajustado em no mínimo 50%: “Com o coração grande do Paulo Guedes [ministro da Economia] e sua equipe, o trabalho agora de Ciro e do João Roma [ministro da Cidadania], estamos aprofundando de modo que teremos o novo programa, Auxílio Brasil, de pelo menos 50% maior que o Bolsa-Família. Eu falo 50% porque os outros 50% vou deixar para o Paulo Guedes anunciar”.
“Os mais pobres têm dificuldade enorme de sustento”, pontuou, citando o aumento da inflação.
Mais cedo, em entrevista à Rádio 96 Natal FM, do Rio Grande do Norte, ele afirmou que o novo Bolsa Família seria de “no mínimo para R$ 300, podendo chegar a R$ 400”. Atualmente, o benefício médio é de R$ 192.
Em seu discurso na posse do novo chefe da Casa Civil, Bolsonaro evitou fazer novos ataques à democracia, às urnas eletrônicas e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a chegada do presidente do Progressista e agora senador licenciado ao governo é “uma demonstração de que queremos aprofundar a relação com o Parlamento”.
O presidente também elogiou nominalmente os governadores aliados que compareceram à cerimônia: Cláudio Castro (PSC), do Rio de Janeiro; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás; Wilson Lima (PSC), do Amazonas; e Gladson Cameli (PP), do Acre.