04/08/2021 às 20h00min - Atualizada em 04/08/2021 às 20h00min

Presidente da CoP-26 encontra Mourão e ministros em Brasília

O presidente da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (CoP-26), Alok Sharma, encontrou-se com o vice-presidente Hamilton Mourão e três ministros brasileiros em diferentes reuniões em Brasília nesta quarta-feira (4). Na pauta, a participação do Brasil no evento, que acontecerá em novembro na cidade escocesa de Glasgow. Amanhã o presidente Jair Bolsonaro receberá Alok, a pedido do britânico.

Os encontros na capital ocorrem em meio a pressões para que o Brasil apresente um plano objetivo de sobre como pretende cumprir metas ambientais apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro em abril. Bolsonaro prometeu zerar o desmatamento ilegal até 2030 e tornar o país neutro em emissões de carbono até 2050.

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Por outro lado, o Brasil quer aumentar a meta quantitativa do chamado "financiamento de clima", além de defender que os países menos desenvolvidos tenham metas menos ambiciosas do que as nações mais ricas por sua responsabilidade histórica menor sobre as mudanças climáticas.

Pela manhã, Sharma participou de uma reunião com empresários, governadores e prefeitos chamado "Race to Zero", em que foram discutidas formas de zerar as emissões de carbono e o desmatamento ilegal. Logo depois, encontrou-se com Joaquim Alvaro Pereira Leite no Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Autoridades brasileiras afirmaram ao Valor que a COP poderia ser adiada ou ter o número de participantes limitado, por conta da variante delta do coronavírus. Porém, a Embaixada Britânica reafirmou à reportagem "o compromisso de entregar CoP este ano e presencialmente".

Na tarde desta quarta, estava no Ministério das Relações Exteriores reunido com o chanceler Carlos França, o vice-presidente, Hamilton Mourão, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Pereira Leite também participou do encontro. Mourão é presidente do Conselho da Amazônia, que comanda ações de combate a queimadas e desmatamentos na região.

Na reunião no MMA, Pereira Leite reforçou a posição brasileira de que se deve "remunerar quem cuida de floresta, por meio de pagamento por serviços ambientais", segundo nota distribuída pelo Ministério do Meio Ambiente.

No comunicado, Pereira Leite afirma que "é necessário que os países desenvolvidos efetivem seus compromissos com relação ao financiamento de clima, para reconhecer e remunerar os esforços dos países em desenvolvimento". Defende ainda que é preciso "aumentar os recursos direcionados ao financiamento de clima", além de "desburocratizar seu acesso e tornar seu uso muito mais eficiente".

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