A Samarco, em recuperação judicial, alcançou 4,4 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas produzidas no país no acumulado de 2021, até julho. A empresa, que pertence à Vale e à BHP, voltou a operar em 23 de dezembro do ano passado, após ficar com as atividades paralisadas por cinco anos, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015.
Nos últimos sete meses, a Samarco embarcou 47 navios com destino a vários países. A companhia informou que opera com 26% da sua capacidade produtiva, o que corresponde a um volume de 7 milhões a 8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano (mtpa).
Para isso, a empresa reativou um dos três concentradores para beneficiamento de minério de ferro no Complexo de Germano e uma das quatro usinas de pelotização do Complexo de Ubu, em Anchieta (ES).
A Samarco informou que adota um novo modelo de produção, com implementação de um sistema de filtragem de rejeitos que permite o empilhamento a seco, sem a necessidade do uso de barragens.
Na semana passada, a Samarco obteve a aprovação da Justiça de Minas Gerais para obter financiamento no valor de US$ 228 milhões, por meio de um empréstimo DIP (debtor in possession, na sigla em inglês), uma modalidade que dá aos credores a prioridade no recebimento das dívidas com a empresa. A Samarco recebeu duas propostas de empréstimo DIP, uma das sócias Vale e BHP e outra de credores financeiros. A Samarco deve apresentar ao juiz, nos próximos dias, qual foi a proposta selecionada.