A taxa de inflação em 12 meses entre os 38 países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) acelerou em junho para 4,1%, ante 3,9% em maio, informou a entidade nesta quarta-feira (04).
A OCDE destacou que a inflação na zona do euro foi “significativamente mais baixa” do que nos demais países da organização, especialmente na comparação com os Estados Unidos.
Entre os países europeus que integram o grupo, a inflação desacelerou de 2% em maio para 1,9% em junho, segundo a entidade. Por outro lado, nos EUA, o índice avançou de 5% para 5,4% entre os dois meses.
Grande parte da inflação registrada pela OCDE nos últimos meses é provocada pelos chamados efeitos de base. Os preços de muitas commodities caíram drasticamente no ano passado, à medida que os países implementaram restrições para conter a covid-19. Com a recuperação das economias, esses produtos estão muito mais caros do que a média dos últimos anos.
No relatório divulgado hoje, a entidade com sede em Paris destacou os preços da energia. A inflação anual para o setor em junho chegou a 17,4% entre os países da OCDE. Ainda assim, houve uma desaceleração em relação a maio (19,4%). Já os preços dos alimentos estavam 1,8% mais caros em junho, ante 1,4% em maio.
Mesmo excluindo alimentos e energia, a inflação anual dentro da OCDE passou de 2,9% em maio para 3,2% em junho, a maior taxa desde março de 2002.
Entre os países do G-20, por sua vez, a inflação subiu para 4,6% em junho, ante 4,4% em maio. Para o Brasil, a entidade calcula que a taxa em 12 meses acelerou de 8,1% para 8,3% entre os dois meses. Já na China houve queda de 1,3% para 1,1%.