Indicado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o coronel Marcelo Blanco manteve vínculo formal com a pasta mesmo após ser exonerado do cargo de assessor, em janeiro deste ano. Portaria assinada em junho oficializou a sua dispensa da função de diretor-substituto no Departamento de Logística.
Durante esse período, ele participou ativamente de negociações para a venda de vacinas, tanto ao setor privado quanto ao próprio ministério. Em depoimento à CPI da Covid, contudo, o coronel afirma tratar-se de um erro material e garante que não exerceu nenhuma função na pasta depois de janeiro.
Na sua versão, o ministério se "esqueceu" de publicar a dispensa da função de diretor-substituto com a exoneração do cargo de assessor. Os senadores não ficaram convencidos e sugeriram que ele estivesse praticando advocacia administrativa.
Leia mais: CPI da Covid ouve coronel Marcelo Blanco, ex-assessor da Saúde
Blanco admitiu que, em fevereiro, levou o policial militar Paulo Dominguetti ao encontro de Roberto Dias, então diretor de Logística da pasta. No encontro, ocorrido em um restaurante em Brasília, Dias teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina vendida ao ministério.