O resultado mensal das vendas de veículos refletiu a dificuldade dos fabricantes com a escassez de semicondutores. Em julho, foram licenciados no país 175,4 mil caminhões, ônibus e carros comerciais e leves, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O número representa um aumento de apenas 0,57% sobre o mesmo mês do ano passado, que foi prejudicado pela pandemia. O acréscimo de vendas no mês passado equivale a exatos mil veículos na comparação com julho de 2020.
No acumulado de janeiro a julho, no entanto, houve crescimento mais expressivo, de 27,09%, para um total de 1,24 milhão de unidades. Nesse caso, a base de comparação é pequena porque na primeira metade do ano passado praticamente todas as montadoras pararam durante várias semanas devido à necessidade de adaptação às regras sanitárias para o combate à covid-19.
Além disso, a limitação do funcionamento do comércio na maior parte dos municípios afetou as revendas de veículos em todo o país.
“Se a produção estivesse normalizada, principalmente para automóveis, poderíamos ter um crescimento maior”, destacou, em nota, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
Os dirigentes do setor estimam que a falta de semicondutores – componentes eletrônicos importados que são disputados com a indústria de diversos equipamentos eletrônicos – deve prevalecer ao longo de todo este ano. O período mais crítico, porém, teria ficado no segundo trimestre.