03/08/2021 às 14h00min - Atualizada em 03/08/2021 às 14h00min

Custos, falta de insumos e demanda fraca pesam sobre indústria automobilística

A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu 3,8% em junho, frente a maio, feito o ajuste sazonal, e foi a principal influência negativa para o resultado da indústria geral, que permaneceu estável nesta mesma base de comparação, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O setor, cujo patamar de produção está 15,2% inferior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, sente os efeitos da desorganização da cadeia produtiva, que provoca falta de insumos e aumento de custos, e a demanda doméstica em baixa, segundo o gerente da pesquisa, André Macedo. Ele aponta que não é possível mensurar que efeito é mais forte, mas que os dois movimentos afetam o desempenho deste setor.

“A indústria automobilística enfrenta o encarecimento do processo produtivo, pelo desarranjo da cadeia, com falta de insumos. O que se vê é uma frequência maior de unidades com férias coletivas ou paralisações. E também o efeito da desocupação elevada e da menor renda das famílias por causa da inflação elevada. (...) Esses dois lados são importantes para a indústria automobilística”, diz.

Mais do que o impacto individual do segmento - que tem peso de cerca de 10% da indústria geral -, Macedo destaca os efeitos em cadeia provocados em outros segmentos, como produtos metalúrgicos, plásticos e outros produtos químicos, por exemplo. “A atividade automobilística, tem ramificações importantes em outros segmentos da indústria”, ressalta.

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