A bolsa brasileira alterna-se entre altas e baixas nesta sessão de terça-feira, tentando definir uma direção para o dia e testando o terreno negativo, diante das incertezas nos cenários interno e externo.
Perto de 10h50, o Ibovespa cedia 0,42%, aos 121.995 pontos, após máxima em 122.915 pontos e mínima em 121.932 pontos. Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 recuavam 0,26% e 0,12%, respectivamente
Entre as ações, Vale ON subia 1,60%, beneficiada pelo avanço do minério de ferro cotado na China (Qingdao e Dalian), ao passo que Itaú Unibanco diminuía 0,03%, reagindo ao balanço. Bradesco PN recuava 0,88%, antes da divulgação do resultado trimestral, após o fechamento.
Para o sócio-gestor da SFA Investimentos, Ciro Aliperti Neto, o Itaú soube se posicionar bem em um ambiente mais competitivo, o que realça os diferenciais do banco frente aos rivais tradicionais. “Bradesco e Itaú sempre andaram juntos, mas com a competição mais acirrada, algumas diferenças ficam mais exacerbadas”, avalia.
Contudo, os temores no exterior sobre o impacto da variante delta do coronavírus em várias partes do mundo elevam a cautela sobre a retomada econômica global, sendo que essa preocupação lá fora é potencializada pelo cenário em Brasília. “O ambiente político aqui está muito ruim e a economia doméstica está fraca”, resume um operador sênior de renda variável de uma corretora nacional.
O profissional, que prefere não ser identificado, cita também os sinais de acúmulo de pressão inflacionária, que tendem a puxar a Selic ainda mais para cima. No mercado de juros futuros, a curva a termo consolidou as expectativas de aceleração no ritmo de alta da taxa básica para 1 ponto percentual, na quarta-feira.
