09/12/2022 às 17h00min - Atualizada em 09/12/2022 às 17h00min

Farsul projeta safra 2022/23 do Rio Grande do Sul de 40 milhões de t

São Paulo, 9 - O Rio Grande do Sul pode colher em 2022/23 o volume recorde de 40 milhões de toneladas de grãos se o clima favorecer a safra, disse a Federação de Agricultura do Estado (Farsul) em apresentação do Balanço de 2022 e Projeções 2023, divulgado na quinta-feira, 8. "A soma de toda produção deve girar nos R$ 140 bilhões. Para a economia nacional, a projeção da equipe econômica é de que o PIB de 2022 tenha um crescimento de 2,92% em 2022 e 0,73% para 2023. Já para o Rio Grande do Sul, a estimativa é de uma queda de 3,64% em 2022 e alta de 5,86% em 2023", destacou em nota o economista-Chefe da Farsul. Antonio da Luz. Segundo ele, na agropecuária gaúcha o movimento deve ser de uma queda de 53% em 2022 e crescimento de 59% em 2023, com impacto direto da estiagem na economia gaúcha. "O Rio Grande do Sul teria crescido significativamente mais do que o Brasil neste ano não fosse nossa estiagem e esses números vão de encontro com aquilo que nós prevíamos lá no início do ano", disse Luz. Ele lembrou que, devido à seca prolongada, 31% da produção gaúcha foi perdida na temporada passada. Na apresentação, o economista destacou a preocupação da entidade com eventuais definições econômicas do próximo governo federal, o terceiro do Partido dos Trabalhadores. Na nota, Luz diz que após o Plano Real, em 1999, foram estabelecidas regras que garantiram a estabilidade econômica do País, com o tripé macroeconômico formado pela âncora fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante. Essas regras foram mantidas durante o primeiro mandato de Lula na presidência. Já no segundo mandato, cita, com a entrada de Guido Mantega, "surge a adoção da nova matriz econômica que acabou direcionando o País para uma crise econômica que culminou no governo Dilma Roussef que manteve Mantega na cadeira". Segundo Luz, nesse período "aconteceu a desmoralização da âncora fiscal e a geração do déficit primário". "Costumamos culpar muito a Dilma, mas não podemos esquecer que no primeiro ano o seu governo já bateu no teto da meta e a culpa não foi dela, não foi ela quem fez o orçamento", afirmou.

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