O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que não está disposto a apoiar projetos que envolvam aumento de imposto sobre a renda dos mais ricos e taxação de grandes fortunas. A afirmação foi feita em meio a críticas a governos de centro-esquerda, como o da Argentina.
“Dividir riqueza e renda? Alguém conhece algum empresário socialista? Algum empreendedor comunista? Alguns querem que eu taxe grandes fortunas. É um crime agora ser rico no Brasil?”
“A França, há poucas décadas, fez isso; o dinheiro está indo para a Rússia. Alguns querem que se aumente impostos, que se tabele preços, como a Argentina fez com a carne...”, disse o presidente.
Bolsonaro aproveitou o discurso, em evento de assinatura de um acordo para levar água a escolas rurais, na sede do Ministério da Cidadania, para colocar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma ameaça “à liberdade” e, novamente sem apresentar indícios ou provas, dizer que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes.
O projeto celebrado por Bolsonaro junto ao Ministério da Cidadania teve financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil.
Na cerimônia, o presidente criticou empréstimos concedidos em governos passados pelo BNDES à empresa JBS. Segundo Bolsonaro, as transações faziam parte de acordos para compra de partidos políticos.