São Paulo, 24 - O Escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de São Paulo revisou para baixo sua estimativa para a produção brasileira de café na safra 2022/23 (julho de 2022 a junho de 2023). A colheita foi projetada em 62,6 milhões de sacas de 60 kg, representando queda de 1,7 milhão de sacas em comparação com a estimativa anterior. No entanto, a previsão ainda é superior em 4,5 milhões de sacas em relação à safra passada 2021/22. A produção de arábica foi revisada para baixo, para 39,8 milhões de sacas, uma queda de 1,7 milhão de sacas em comparação com a previsão anterior. Problemas relacionados ao clima, "como chuvas abaixo da média até setembro de 2021, geadas durante junho/julho de 2021 e tempo mais quente do que o normal em março/abril de 2022, associado aos baixos volumes de chuva durante os meses de inverno, comprometeram o resultado inicial esperado da produção para a safra atual, principalmente nos Estados do Sudeste", argumentou o USDA. A estimativa de produção de robusta (conilon) manteve-se inalterada em 2,2 milhões de sacas. Em setembro passado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, em seu terceiro levantamento, que a produção brasileira de café em 2022/23 está estimada em 50,38 milhões de sacas (32,41 milhões de sacas para o café arábica e 17,97 milhões para o café robusta), um aumento de 5% em comparação com 2021/22 (47,73 milhões de sacas). O USDA mostra, ainda, que a exportação brasileira de café para a safra 2022/23 está projetada em 36,65 milhões de sacas, uma queda de 2,4 milhões de sacas em comparação com a estimativa anterior, refletindo o fluxo comercial atual e a continuidade de gargalos logísticos. Desse total, 33 milhões de sacas são de grãos verdes, enquanto as exportações de café solúvel são estimadas no equivalente a 3,6 milhões de sacas.
