A farmacêutica Biomm informou ter recebido, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorização para iniciar os estudos clínicos de fase 3 do medicamento leronlimab, em aplicação contra a covid-19, no Brasil.
A pesquisa será realizada em 35 centros e envolverá 612 pacientes diagnosticados com covid-19 que se encontram hospitalizados e com necessidade de suporte para oxigenação. O objetivo do remédio é impedir que a doença evolua para um quadro mais grave, com necessidade de ventilação mecânica invasiva.
O leronlimab é um medicamento biológico e age para prevenir uma resposta excessiva do sistema imunológico de pacientes infectados com o novo coronavírus, reduzindo a superprodução de citocinas inflamatórias, também conhecidas como “tempestade de citocinas”.
Segundo a farmacêutica, esta tempestade inflamatória, que agrava a condição clínica significativamente, pode, muitas vezes, levar o paciente à morte.
O leronlimab é baseado em um anticorpo monoclonal direcionado contra o receptor CCR5 encontrado nos linfócitos T do sistema imunológico humano. Ele está sendo estudado como uma terapia potencial no tratamento de covid-19, câncer de mama e infecção por HIV.
O estudo será conduzido pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Albert Einstein, em colaboração com a empresa americana CytoDyn, responsável pelo desenvolvimento do medicamento, além da Biomm, que comercializa o leronlimab no Brasil.