02/08/2021 às 15h00min - Atualizada em 02/08/2021 às 15h00min

Bolsas europeias avançam com dados da indústria e bom humor vindo da China

As bolsas europeias fecharam em alta na primeira sessão de agosto, nesta segunda-feira (2), após receberem impulso da sinalização da autoridade regulatória chinesa de que o país está disposto a cooperar com os EUA para listar companhias do país no mercado acionário americano.

O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o pregão em alta de 0,59%, a 464,45 pontos, anotando novo recorde de fechamento. O DAX, referência da Bolsa de Frankfurt, avançou 0,16%, a 15.568,73 pontos, se aproximando do seu recorde do último dia 15 de julho, quando fechou em 15.790 pontos.

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 subiu 0,70%, a 7.081,72 pontos, e o CAC 40, de Paris, avançou 0,95%, a 6.675,90 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou perto da estabilidade, com ligeira queda de 0,05%, a 25.351,60 pontos, enquanto o Ibex 35, da Bolsa de Madri, subiu 0,96%.

"Reguladores chineses e americanos continuarão a melhorar a comunicação, sob o princípio de respeito e cooperação mútuos, e abordarão propriamente as questões relacionadas à supervisão de companhias baseadas na China e listadas nos EUA", disse a Comissão de Valores da China em nota divulgada no domingo (1º).

Os comentários da agência regulatória chinesa ajudaram a dar suporte aos mercados acionários asiáticos, que têm sofrido pressão significativa nas últimas semanas, em meio à escalada regulatória do governo central chinês, principalmente contra companhias dos setores de tecnologia e educação.

Destaques

Entre ações específicas na Europa, destaque para o salto de 56,68% da ação do grupo aeroespacial britânico Meggitt na bolsa de Londres, que disparou com o anúncio de que a rival americana Parker-Hannifin comprará a empresa por US$ 8,8 bilhões.

A ação do HSBC, por sua vez, acabou encerrando o pregão londrino em queda de 0,33%, perdendo os ganhos do início da sessão depois que o banco reportou um lucro de US$ 3,4 bilhões no segundo trimestre, batendo as expectativas de consenso e anunciando que retomará o pagamento de dividendos aos seus acionistas.

O dia também foi permeado pela divulgação de dados do desempenho da indústria na Europa. O PMI industrial da zona do euro recuou a 62,8 pontos em julho, de 63,4 pontos da leitura anterior, de acordo com dados divulgados hoje pela IHS Markit. Apesar da desaceleração, a leitura ficou bem acima da marca dos 50 pontos, que indica expansão da atividade, além de ter ficado também um pouco acima da expectativa dos economistas consultados pelo "Wall Street Journal", de 62,6 pontos.

Entre os países específicos, destaque positivo para a Alemanha, que indicou alta do PMI industrial a 65,9 pontos em julho, de 65,1 do período anterior, superando também o consenso, de 65,6 pontos. Na França, o PMI recuou a 58,0 pontos, de 59,0 pontos, contra expectativa de 58,1 pontos; na Itália, o indicador caiu a 60,3 pontos, de 62,2 em junho, contra expectativa de 61,5 pontos; e na Espanha o PMI caiu a 59,0 pontos em julho, de 60,4 pontos.

“Destacam-se, hoje, as publicações dos resultados do PMI de manufatura de julho do Reino Unido, Zona do Euro e Estados Unidos. Pelo restante da semana, serão conhecidas as decisões sobre as taxas de juros do Banco Central da Austrália (RBA), do PMI de serviços da China, das encomendas à indústria da Alemanha e, nos Estados Unidos, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho, o chamado "payroll", e a taxa de desemprego de julho”, observou, em nota a clientes, José Giraz, analista de mercado financeiro e diretor da corretora Skilling para a América Latina.

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