O governador eleito ao Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz esperar que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial, "governe para todos". Questionado se parabenizará o petista, ele disse que tal ato "faz parte da democracia".
"Espero que ele governe para todos", declarou o ex-ministro da Infraestrutura, em entrevista à Jovem Pan na manhã desta segunda-feira, 31. Em sua avaliação, a nova composição do Congresso Nacional tem um perfil de centro-direita e, portanto, deve representar um "equilíbrio de forças" com o Executivo. Segundo ele, seu trabalho como governador buscará um alinhamento com o governo federal de olho no que for melhor para São Paulo. Isso, conforme pontua, inclui uma fiscalização das medidas do novo presidente: "Vamos ver as políticas públicas acontecendo e vamos cobrar."
Tarcísio reafirmou o compromisso de participar de uma reunião com os governadores, caso convocada por Lula. "Entendo que se tiver reunião com os governadores em Brasília, estarei presente", dizendo que acha "importante" participar. Questionado se parabenizará o petista pela vitória, Tarcísio declarou que "parabenizar faz parte da democracia". Apesar da conquista de Lula, Bolsonaro, aliado do ex-ministro, ainda não se manifestou sobre a derrota.
O governador eleito foi perguntado se já conversou com o atual presidente, mas não respondeu. Em sua primeira coletiva oficial realizada na noite de domingo, 30, Tarcísio havia dito que tinha falado apenas com o vice de chapa de Bolsonaro na corrida presidencial, o general Walter Braga Netto (PL).
O ex-ministro ressaltou a importância de Bolsonaro em sua trajetória na política. "Se tive uma vitória no dia de ontem, agradeço muito ao presidente", disse, afirmando que Bolsonaro "me abriu todas as portas". Mesmo citando procurar uma equipe técnica para compor o governo estadual, Tarcísio declarou que "há espaço" para quem compôs o governo Bolsonaro "desde que tenha muita qualificação técnica".
Em uma avaliação sobre a derrota do atual chefe do Executivo, Tarcísio diz acreditar que, diante das crises que ocorreram no Brasil durante sua gestão, "tinha uma sociedade que se machucou, que sofreu muito com as crises que vieram e que não percebeu o quanto nós avançamos."
Fonte: Estadão Conteúdo