O agronegócio nacional apresentou ao governo federal suas propostas para mitigar a emissão de gases do efeito estufa para ser levado à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27) no Egito, espaço onde as nações discutem como evitar o aumento do aquecimento global.
O documento com o que o setor pensa que deve ser discutido e implantado sobre o assunto, foi entregue pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). As propostas devem ser discutidas com os outros países na COP-27, que ocorrerá em novembro.
O documento foi entregue aos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes; do Meio Ambiente (MMA), Joaquim Leite; e das Relações Exteriores (MRE), Carlos França. A entrega ocorreu durante evento Pré COP-27 - Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris, realizado pela CNA.
O ministro Marcos Montes ressaltou que a COP-27 será um importante momento para o Brasil apresentar a produção sustentável que vem adotando desde a implantação do Código Florestal, uma das legislações ambientais mais rígidas do mundo e que determina, por exemplo, a preservação de vegetação nativa nas propriedades rurais.
De acordo com o ministro, o agro brasileiro é parte da solução para o combate às mudanças climáticas e insegurança alimentar no planeta, por aliar um modelo de produção baseado em tecnologia, com equilíbrio ambiental e inclusão social.
“Com o Código Florestal e a tecnologia que implantamos no Brasil, aumentamos a produção. Fizemos o elo entre a tecnologia e a produção de alimentos”, disse Marcos Montes. “A COP é uma oportunidade para mostrarmos que estamos produzindo. Temos uma equipe trabalhando arduamente, focada na sustentabilidade, para mostrar, com muita clareza, que o Brasil é o país que mais produz e mais protege ambientalmente”, acrescentou.
Propostas
A CNA aponta, entre as prioridades para o setor, o financiamento internacional e a adaptação dos sistemas produtivos para os desafios futuros.
O presidente da CNA, João Martins, ressaltou que os produtores rurais brasileiros têm adotado, nos últimos anos, práticas descarbonizantes e têm condições de apresentar ao mundo tecnologias que atendam à demanda por produção sustentável.
Na COP-26, alguns dos compromissos assumidos pelo país, no que tange à agricultura, são redução das emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2050, zerar o desmatamento ilegal até 2028 e restauração e reflorestamento de 18 milhões de hectares de florestas para uso múltiplo até 2030.
Da Redação, com Mapa