As bolsas europeias operam em alta na primeira sessão do mês, recebendo impulso da sinalização da autoridade regulatória chinesa de que o país está disposto a cooperar com os EUA para listar companhias do país no mercado acionário americano.
Há pouco, o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em alta de 0,48%, a 463,96 pontos, seguindo em vias de bater o recorde anotado na quinta-feira passada, a 463,84 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, opera em alta de 0,95%, a 7.099,15 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, avança 0,05%, a 15.551,74 pontos, e o CAC 40, de Paris, sobe 0,77%, a 6.663,35 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB opera em alta de 0,52%, a 25.496,23 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, avança 1,23%, a 8.782,10 pontos.
"Reguladores chineses e americanos continuarão a melhorar a comunicação, sob o princípio de respeito e cooperação mútuos, e abordarão propriamente as questões relacionadas à supervisão de companhias baseadas na China e listadas nos EUA", disse a Comissão de Valores da China em nota divulgada no site da agência no domingo (1º de agosto).
Os comentários da agência regulatória chinesa ajudaram a dar suporte aos mercados acionários asiáticos, que têm sofrido pressão significativa nas últimas semanas, em meio à escalada regulatória do governo central chinês, principalmente contra companhias dos setores de tecnologia e educação.
Entre ações específicas, destaque para o salto de 56,6% da ação do grupo aeroespacial britânico Meggitt na bolsa de Londres, que dispara com o anúncio de que a rival americana Parker-Hannifin comprará a empresa por US$ 8,8 bilhões.
A ação do HSBC, por sua vez, avança 0,5% em Londres, depois que o banco reportou um lucro de US$ 3,4 bilhões no segundo trimestre, batendo as expectativas de consenso e anunciando que retomará o pagamento de dividendos aos seus acionistas.
Entre os dados divulgados nesta segunda-feira (02), os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais da zona do euro indicaram uma leve desaceleração do setor em julho, mas se mantiveram amplamente fortes no mês, indicando que a recuperação econômica do continente segue sólida.
O PMI industrial da zona do euro recuou a 62,8 pontos em julho, de 63,4 pontos da leitura anterior, de acordo com dados divulgados hoje pela IHS Markit. Apesar da desaceleração, a leitura ficou bem acima da marca dos 50 pontos, que indica expansão da atividade, além de ter ficado também um pouco acima da expectativa dos economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de 62,6 pontos.
Entre os países específicos, destaque positivo para a Alemanha, que indicou alta do PMI industrial a 65,9 pontos em julho, de 65,1 do período anterior, superando também o consenso, de 65,6 pontos. Na França, o PMI recuou a 58,0 pontos, de 59,0 pontos, contra expectativa de 58,1 pontos; na Itália, o indicador caiu a 60,3 pontos, de 62,2 em junho, contra expectativa de 61,5 pontos; e na Espanha o PMI caiu a 59,0 pontos em julho, de 60,4 pontos.