14/10/2022 às 10h43min - Atualizada em 14/10/2022 às 11h35min

Exportação de café em setembro cresce 4,5% em volume e 49,8% em receita

O Brasil exportou em setembro 3,386 milhões de sacas de 60 kg de café, 4,5% mais que em igual mês de 2021. A receita avançou mais, 49,8%, atingindo o recorde para os meses de setembro, de US$ 805,5 milhões, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). "A performance reflete um maior ingresso dos cafés arábicas da nova safra, que contrabalança a intensa demanda das indústrias nacionais pelos cafés canéforas (robusta + conilon)", disse em nota o presidente da entidade, Günter Häusler. "As exportações de arábica subiram 18% ante setembro de 2021 e registraram o segundo melhor patamar dos últimos cinco anos. Assim, no total, a queda nos envios de conilon e robusta foi compensada, gerando um fechamento positivo no mês passado.

" No acumulado dos três primeiros meses do ano safra 2022/23, as vendas externas de café somam 8,742 milhões de sacas (-2,7% ante o período da safra anterior) e receita de US$ 2,074 bilhões (+48,9%), "o melhor desempenho nos últimos cinco anos". Já no acumulado de janeiro a setembro, as exportações totalizaram 28,748 milhões de sacas (-3,9%) e receita recorde de US$ 6,730 bilhões (+60,4%).

"As exportações de café arábica tiveram o melhor desempenho nesse intervalo de nove meses dos últimos cinco anos, contribuindo para mitigar a queda em volume até o momento. Já o recorde em receita cambial no agregado de 2022 reflete a taxa de câmbio favorável e o bom nível do preço médio do embarque, que avança 67% ante 2021 e chega a US$ 234,12 por saca", destacou Häusler.

 O arábica foi o café mais exportado em 2022, com 24,673 milhões de sacas, ou 85,8% do total, informou o Cecafé. Já de café solúvel foram embarcados para o exterior 2,820 milhões de sacas, ou 9,8% do total. Na sequência, aparecem a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,220 milhão de sacas (4,2%), e o produto torrado e torrado e moído, com 34.619 sacas (0,1%).

Conforme o Cecafé, grão de qualidade superior ou com algum tipo de certificado de práticas sustentáveis respondeu por 18,2% das exportações brasileiras de café até setembro. Foram 5,224 milhões de sacas, queda de 0,5% ante janeiro e setembro de 2021. "O preço médio desses cafés diferenciados é de US$ 281,90 por saca até o momento, proporcionando uma receita de US$ 1,473 bilhão nos nove meses, o que corresponde a 21,9% do obtido com os embarques totais", disse a entidade. "No comparativo anual, o valor é 52,4% maior do que o apurado no mesmo intervalo anterior.

" Os Estados Unidos são o principal destino do café diferenciado, com 1,211 milhão de sacas neste ano, o equivalente a 23,2% do total. Depois, vêm Alemanha, com 916.718 sacas e representatividade de 17,5%; Bélgica, com 658.023 sacas (12,6%); Itália, com 335.171 sacas (6,4%); e Japão, com 246.903 sacas (4,7%).

Também são os Estados Unidos os principais compradores do café brasileiro como um todo. Entre janeiro e o fim de setembro, o país importou, de acordo com o Cecafé, 5,853 milhões de sacas, volume 2,3% superior a igual intervalo de 2021. Esse volume corresponde a 20,4% dos embarques totais do Brasil neste ano.

Da redação com Estadão Conteúdo

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