São Paulo, 7 - As chuvas de granizo do início desta semana em Minas Gerais atingiram 16,8 mil hectares de lavouras no Estado, segundo balanço da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), divulgado nesta sexta-feira, 7. O levantamento mostra que 2.039 produtores rurais tiveram algum tipo de perda, em 63 municípios. Os maiores prejuízos foram nas regiões sul, Campo das Vertentes, Central e Zona da Mata. Segundo a Emater-MG, as lavouras de café arábica foram as mais prejudicadas, com 13 mil hectares, ou cerca de 77% da área total danificada. Conforme a Emater-MG, 1.090 cafeicultores tiveram algum tipo de perda. Os municípios de Andradas, Coqueiral, Campanha e Paraguaçu, no sul do Estado, foram os que tiveram as maiores áreas de café prejudicadas pelo fenômeno. A segunda cultura com maior área atingida pelas chuvas de granizo foi a citricultura, com 2,4 mil hectares. Pelos menos 135 citricultores mineiros relataram perdas. Os pomares mais danificados estão em Campanha, Paraguaçu e Três Corações, no Sul de Minas, além de Tocantins, na Zona da Mata. Ainda na fruticultura, foram registrados prejuízos em lavouras de abacate. Foram 190 hectares atingidos no sul de Minas, nos municípios de Três Corações, Campanha e Bom Jesus da Penha. Além disso, 36 hectares com plantios de uva na região foram atingidos. <b>Hortaliças</b> - No levantamento feito pela Emater-MG, 302 produtores de hortaliças também relataram algum tipo de prejuízo, em 503 hectares. Os maiores danos foram em plantios de folhosas, com 212 hectares. Mas também houve perdas em outras culturas como tomate, abobrinha e couve-flor. Os municípios de Andradas, Três Corações, Pouso Alto (Sul), Paula Cândido (Zona da Mata) e Carmópolis de Minas (Central), foram os mais prejudicados. <b>Abastecimento</b> - De acordo com avaliação da Emater-MG, os estragos causados pelas chuvas de granizo podem provocar algum problema de abastecimento apenas nos mercados municipais, sem grandes impactos para o Estado, de forma geral. Isto pode acarretar a necessidade de compra de produtos em outras regiões, aumentando o preço final. "No caso do café, o problema maior será para aqueles produtores que já tinham sofrido algum prejuízo com a geada ocorrida em 2021, como por exemplo, os cafeicultores de Andradas e Coqueiral", explica o coordenador estadual de Crédito Rural da Emater-MG, Willem de Araújo.