As florestas plantadas totalizaram, em 2021, 9,5 milhões de hectares. Cerca de 70,1% estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste, sendo 7,3 milhões de hectares de eucalipto e 1,8 milhão de pinus no Brasil.
O eucalipto corresponde a 76,9% das florestas plantadas para fins comerciais. 45,4% das áreas de eucalipto estão no Sudeste, com predominância de florestas de pinus, correspondentes a 83,9%, no Sul. Os dados são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs 2021), divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2021, a produção primária florestal ficou em 4.884 municípios, totalizando R$30,1 bilhões em valor de produção, crescimento de 27,1% em relação ao ano anterior.
O valor da produção da silvicultura superou o da extração vegetal desde o ano 2000. Em 2021, houve crescimento de 26,1% no valor da produção, que atingiu R$23,8 bilhões, e 31,5% na extração vegetal, que foi de R$6,2 bilhões.
O IBGE informa que “a participação dos produtos madeireiros segue preponderante no setor, representando 95,6% do valor da produção florestal. O conjunto dos produtos madeireiros com origem em áreas plantadas para fins comerciais registrou aumento de 23,7% no valor da produção, enquanto naqueles decorrentes da extração vegetal o aumento foi de 37,9%. Esses resultados ratificam a tendência de crescimento dos madeireiros oriundos da silvicultura e registram grande aumento de madeireiros da extração em 2021”.
Houve crescimento do valor da produção em todos os grupos. O mais acentuado na madeira em tora, com aumento de 26,3%. O valor da produção da madeira destinada à fabricação de papel e celulose cresceu 24,4%; o carvão vegetal, 21,8%; e a lenha, 16,2%.
A extração vegetal teve aumento no valor gerado em 2019 (6,9%), 2020 (6,3%) e em 2021 (31,5%). Enquanto os produtos madeireiros respondem pela quase totalidade do valor da produção da silvicultura, na extração vegetal, esse grupo representa 63,5%, seguido pelos alimentícios (29,9%), ceras (4,7%), oleaginosos (1,3%) e outros (0,5%).
Entre os produtos extrativos não madeireiros, o açaí, com R$771,2 milhões, e a erva-mate, com R$762,9 milhões, são os produtos que mais geram valor de produção. Entre o grupo de produtos considerados alimentícios, o açaí representa 41,4%, a erva-mate 41%, a castanha-do-pará (ou castanha-do-brasil) 7,6% o pequi (fruto) 3,2%, e o pinhão 2,4%.
As regiões Sul e Sudeste concentram grande parte da produção florestal do país. Juntas, elas responderam por 68,9% do valor da produção nacional, impulsionadas, principalmente, pelo setor de florestas plantadas. Minas Gerais continua registrando o maior valor da produção para esse segmento, atingindo R$7,2 bilhões em 2021, o que representa 30,2% do valor da produção nacional da silvicultura, seguido pelo Paraná, com R$4,7 bilhões.
A cidade de João Pinheiro, em Minas Gerais, apresentou o maior valor da produção florestal primária em 2021, com R$600 milhões, assumindo a primeira posição no ranking nacional.
Das 20 cidades do país com os maiores valores de produção florestal, 16 sobressaem na exploração de florestas plantadas, e as demais, no extrativismo. Cruz Machado (Paraná), além da silvicultura, destacou-se na extração de erva-mate, e Limoeiro do Ajuru (Pará), além do extrativismo madeireiro, na extração de açaí. Colniza (Mato Grosso) e Prainha (Pará) foram destaques na extração da madeira em tora.
Da Redação, com Agência Brasil