Pelo terceiro mês seguido, o custo da produção agropecuária gaúcha apresentou queda, aponta a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), que calcula o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). Em agosto, a retração foi de 4,9% em relação a julho, informa a entidade em nota. Novamente, o principal insumo a influenciar a queda foram os fertilizantes, cujo custo caiu em todas as culturas avaliadas.
Os agropecuaristas gaúchos pagaram menos pelos insumos, mas também receberam menos pela produção, conforme o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR), que cedeu 1,25% no mês de agosto, comparado a julho. Segundo a Farsul, soja e trigo tiveram as quedas mais acentuadas de preço.
Mesmo com um menor custo de produção de junho para cá, no acumulado de 12 meses ainda há alta de 20,16%. A Assessoria Econômica da Farsul destaca que o avanço desses custos ocorre sobre os números de 2021, “que já foram de alta, portanto, uma base já inflacionada”.
Outro ponto ressaltado pela Farsul é que o índice de custo de produção sobe bem acima do IPCA (índice oficial de inflação no País). “Assim, mesmo que o Brasil viva um momento de inflação geral dos preços, os produtos que compõem a cesta de custos de produção estão se encarecendo de forma mais acelerada do que os demais”, assinala.
Já o índice de preços recebidos pelo produtor rural subiu 8,17% no acumulado de 12 meses. “Apesar de o resultado ser positivo para a receita dos produtores rurais, os custos apresentam alta superior, o que acaba por estreitar as margens de lucro da atividade”, finaliza a Farsul.
Da Redação, com Agência Estado