A Seguridade Social registrou déficit de R$ 181 bilhões no primeiro semestre de 2021, depois de as receitas somarem R$ 449,5 bilhões e as despesas, R$ 630,5 bilhões. As informações são do Relatório Resumido da Execução Orçamentária da União (RREO), divulgado nesta sexta-feira pelo Tesouro Nacional.
O déficit é menor que o registrado no mesmo período de 2020, quando o resultado ficou negativo em R$ 376,3 bilhões. O resultado da Seguridade Social inclui, além da Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada, servidores civis e militares, gastos com saúde, assistência social, abono salarial e seguro-desemprego.
A maior despesa no período foi com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que somou R$ 384 bilhões. Na sequência, aparecem os gastos com Assistência Social (R$ 75,1 bilhões) e Saúde (R$ 64,8 bilhões).
Ainda de acordo com o relatório, o déficit do RGPS, que considera os pagamentos à iniciativa privada, ficou em R$ 176,3 bilhões no primeiro semestre, queda de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No caso do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores civis, o resultado ficou negativo em R$ 26,3 bilhões, queda de 1% na mesma base de comparação. Já no caso dos militares, o déficit foi de R$ 22,4 bilhões, alta de 0,1%. Além disso, o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) ficou no negativo em R$ 2,9 bilhões, alta de 0,6%.
O Tesouro Nacional informou ainda que encerrou o semestre com uma disponibilidade de caixa de R$ 1,553 trilhão. Ao final de 2020, o nível era de R$ 1,295 trilhão.
De acordo com o documento, do total, R$ 1,166 trilhão é referente a recursos da gestão da dívida pública. Os recursos vinculados a fundos, órgãos e programas representavam R$ 233 bilhões no fim de junho.