O grupo de trabalhadores subocupados atingiu 7,36 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio e foi recorde para a série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este grupo é formado pela população que trabalha menos horas do que gostaria.
Leia também: Desemprego fica em 14,6% e afeta 14,8 milhões de brasileiros, aponta IBGE
Houve aumento de quase meio milhão de pessoas (469 mil) frente ao trimestre anterior – uma alta de 6,8% – e de 1,6 milhão de trabalhadores em relação a igual trimestre de 2020 (variação de 27,2%).
“O grupo de trabalhadores subocupados atingiu o maior nível da série histórica. O que se vê no mercado é um crescimento da procura de trabalho e das pessoas que gostariam de trabalhar mais horas”, afirma Adriana Beringuy, gerente da pesquisa.
Do contingente de 1,6 milhão de trabalhadores a mais frente a igual trimestre de 2020, quase um quinto (19%) é ligado a serviços domésticos, 16% são do setor de alojamento e alimentação e 12% são da indústria geral. O movimento aponta para os limites dos postos de trabalho criados nessas atividades, diante da permanência das condições adversas da pandemia.
“Esse crescimento dos subocupados pode estar associado a vários fatores, mas também se observa que pode ter relação setorial”, diz Adriana.
Esse grupo de subocupados por insuficiência de horas representa menos de 10% da população ocupada, que era de 86,708 milhões no trimestre encerrado em maio.