O presidente da Usiminas, Sergio Leite, disse nesta sexta-feira (30), durante teleconferência com analistas, que os resultados da companhia no segundo trimestre foram recordes e os melhores da siderúrgica “neste século”.
“O nosso Ebitda trimestral foi muito importante, o lucro líquido e o caixa robustos. Estamos trabalhando no planejamento de longo prazo, para 10 anos. E há inúmeros projetos que estão em análise”, disse Leite.
Entre os projetos em análise está a nova linha de galvanizados. O diretor de relações com investidores, Alberto Ono, disse que as três unidades que a companhia mantém no país já trabalham em capacidade máxima devido à alta demanda pelo produto.
“O aumento de capacidade nesse sentido e é algo natural e estamos estudando, mas ainda sem nenhuma definição”, disse Ono.
Segundo ele, a Usiminas, neste momento, está dimensionando qual será o investimento adequado e em quanto tempo a linha poderá ser implementada. “Estamos estudando a proposta de investimento para envia-lo para o nosso conselho. É o que estamos avaliando nesse momento”, afirmou o executivo.
Ono ressaltou, no entanto, que o primeiro compromisso da Usiminas é com os investimentos já anunciados para os próximos anos. Segundo ele, a reforma do alto-forno 3, que vai demandar aportes de R$ 2,1 bilhões, é prioridade para a companhia. “O nosso foco com o caixa líquido o foco é a geração e o financiamento do capex [investimento] já contratado”, afirmou.
Quanto a preço, o vice-presidente comercial da Usiminas, Miguel Homes, disse que atualmente a paridade com o aço internacional está entre 10% a 15%. No entanto, com as medidas implantadas pelos governo russo e chinês para reduzir as exportações, pode impactar positivamente os preços internacionais.
“Os preços no mercado internacional estão estáveis no momento. Com a nova notícia de aumento de tarifas de exportação talvez isso aumente do preço internacional. E vamos acompanhar a evolução dos indicadores internacionais”, disse Homes.
Em função dessa nova política dos governos chinês e russo, Homes também acredita que as importações de aços, que foram recordes no primeiro semestre, podem se reduzir até o final do ano. “Hoje, com as notícias recentes, poderemos esperar uma diminuição forte das importação. Isso porque 38% das compras foram de produtos da Rússia e China.”