As bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas pela aversão a risco nos mercados financeiros globais nesta sexta-feira (30), apesar da divulgação de dados ligeiramente melhores do que o esperado nos Estados Unidos.
O índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,45%, a 461,74 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, recuou 0,65%, a 7.032,30 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, caiu 0,61%, a 15.544,39 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,32%, a 6.612,76 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em queda de 0,60%, a 25.363,02 pontos, e o Ibex 35, de Madri, recuou 1,26%, a 8.675,70 pontos.
As bolsas europeias têm acompanhado o mau humor das bolsas asiáticas nos últimos dias, em meio aos receios gerados pela escalada regulatória do governo chinês, sobretudo contra as companhias de tecnologia do país. Ainda assim, as perspectivas positivas para a recuperação econômica global seguem dando suporte às ações.
“Existem muitas correntes cruzadas acontecendo no momento, influenciando os mercados”, disse Sebastian Mackay, um administrador de fundos de múltiplos conjuntos da Invesco. “Entramos em um período mais volátil para os mercados, mas eles continuarão subindo porque ainda estamos vendo crescimento econômico.”
O sell-off esta semana em Hong Kong, devido à recente repressão regulatória na China, também continuou, com o índice Hang Seng da cidade caindo cerca de 1,4% no fechamento desta sexta-feira. O índice caiu 9,9% em julho, sua maior queda mensal desde outubro de 2018.
Enquanto isso, no front dos indicadores, o PIB (produto interno bruto) da zona do euro cresceu 2,0% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior. A recuperação econômica do bloco se firmou no período, com o levantamento gradual das restrições da pandemia permitindo que atividade voltasse a se aquecer, disse Tej Parikh, diretor da equipe econômica da Fitch Ratings.
Tanto a confiança do consumidor quanto a das empresas estão crescendo em toda a região, observou Parikh. “A reabertura de lojas não essenciais fez com que as vendas no varejo voltassem aos níveis anteriores à pandemia, com sinais de que os planos de investimento das empresas estão aumentando, o que é um bom presságio para um crescimento contínuo”, disse ele.