30/07/2021 às 12h00min - Atualizada em 30/07/2021 às 12h00min

ISA Cteep avalia lotes do leilão da Aneel de dezembro

A ISA Cteep já está estudando alguns lotes que serão oferecidos no leilão de transmissão de energia marcado para dezembro deste ano. “Vamos participar sim [do leilão], sempre nos planejamos com bastante antecedência. Prevemos um ambiente competitivo bastante forte”, afirmou Silvia Wada, diretora de estratégia e desenvolvimento de negócios da transmissora, nesta sexta-feira, durante teleconferência de resultados.

O segundo certame de transmissão de 2021, organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vai oferecer ao mercado cinco lotes, que somam R$ 1,9 bilhão em investimentos previstos.

A executiva comentou ainda que a ISA Cteep estudará os ativos de transmissão da elétrica goiana Celg. “Vamos avaliar se as condições formam um plano de negócios atrativo do ponto de vista de geração de valor”.

Nesta sexta-feira, a CelgPar, que controla a Celg-T, publicou o edital do leilão de privatização da transmissora. Segundo comunicado, a concorrência está prevista para o 14 de outubro, às 14h, na B3. O valor mínimo para venda da Celg T será de R$ 1,097 bilhão.

O presidente da ISA Cteep, Rui Chammas, afirmou que a transmissora pode dobrar o nível de investimentos que têm realizado nos projetos de reforços e melhorias da rede existente.

“A projeção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2030 demonstra que esses investimentos são até mais relevantes do que os necessários em ‘greenfield’ [novos projetos]. Estamos aproveitando a nossa base para seguir crescendo”, disse.

De janeiro a junho, a transmissora investiu R$ 137 milhões em reforços e melhorias, tendo energizado 64 projetos do tipo. Para 2021, a companhia estima fechar com investimentos de R$ 300 milhões nessa área.

A ISA Cteep tem ainda mais de R$ 1,8 bilhão autorizado pela Aneel para execução de 267 projetos de reforços e melhorias nos próximos quatro anos.

A empresa também está acompanhando a tramitação do projeto de lei que trata da reforma tributária e aguardará o desenho final da proposta para montar um plano de ação a fim de minimizar impactos da possível tributação sobre dividendos.

“Por ora, não temos nenhum plano de ação nesse sentido”, disse Carisa Cristal, diretora financeira da companhia.

Carisa destacou ainda que a transmissora mantém o compromisso com sua política atual de dividendos, que prevê a prática de “payout” mínimo de 75% do lucro líquido regulatório, limitado à alavancagem de 3 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

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