O PIB da zona do euro se expandiu 2% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, de acordo com estimativas preliminares divulgadas nesta sexta-feira pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia (UE).
A região contraiu 0,3% no primeiro trimestre e 0,6% no último trimestre de 2020 — dois trimestres consecutivos de retração econômica são definidos como recessão técnica.
Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a economia enfrentava o colapso causado pela pandemia, o PIB da zona do euro subiu 13,7%.
Na França, o PIB subiu 0,9% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses de 2021, após uma queda trimestral de 0,1%.
Já na Espanha o PIB cresceu 2,8% no segundo trimestre de 2021, recuperando da queda de 0,4% no primeiro trimestre. Em comparação ao segundo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 19,8%.
O desempenho se deu em um ambiente de reabertura econômica na Europa à medida que as campanhas de vacinação contra a covid-19 avançaram no continente.
Contudo, a variante delta do novo coronavírus, que tem promovido um ressurgimento no número de contaminações, representa riscos para a continuidade da recuperação.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 0,1% em julho ante junho, segundo dados preliminares da Eurostat. No entanto, nos últimos 12 meses, a inflação anual da região acelerou para 2,2%, de 1,9% anotado em junho.
A meta de inflação atual do Banco Central Europeu (BCE) é de 2%, com a orientação de que poderá permitir que a inflação fique acima dessa meta por um tempo indeterminado para compensar o longo período em que esteve abaixo.
O núcleo do CPI da zona do euro, que exclui as variações dos preços de energia, alimentos e tabaco, anotou alta anual de 0,7%, de acordo com o Eurostat.
Segundo os dados preliminares do Eurostat, analisando os principais componentes da inflação da zona do euro, energia teve a taxa anual mais elevada em julho (14,1%, ante 12,6% em junho), seguido por alimentação, álcool e tabaco (1,6% ante 0,5% em junho).
O componente serviços viu a inflação anual aumentar para 0,9%, de 0,7% em junho, enquanto a inflação anual de bens industriais não-energéticos desacelerou para 0,7%, de 1,2%.