29/07/2021 às 20h00min - Atualizada em 29/07/2021 às 20h00min

Biden aumenta pressão para que servidores federais se vacinem

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira que o governo americano passará a exigir que servidores federais apresentem certificados de vacinação contra a covid-19. Caso contrário, eles terão que se submeter a testes regulares para detecção do vírus.

Biden também pediu que governos estaduais e locais ofereçam US$ 100 aos americanos que se vacinem como forma de acelerar o número de doses aplicadas no país, que vem caindo significativamente desde o pico atingido em meados de abril.

Além disso, ele informou que o Departamento de Defesa incluirá a covid-19 na lista de vacinação exigida de militares.

Os recursos para financiar esse incentivo regional poderão sair dos US$ 350 bilhões repassados aos governos estaduais e locais no primeiro semestre, segundo o Departamento do Tesouro. Essa verba faz parte do pacote de US$ 1,9 trilhão contra a pandemia aprovado pelo Congresso em março.

Autoridades de saúde dos governos federal, estaduais e locais estão preocupadas com a disseminação da variante delta, já predominante nos EUA, que está provocando um aumento dos casos da doença em todo o país. Áreas com baixa taxa de vacinação estão sendo mais afetadas pela cepa, que é mais contagiosa do que a versão original do vírus.

O presidente anunciou as novas medidas em um pronunciamento nesta quinta-feira, na Casa Branca, reforçando o pedido para que os americanos se vacinem e usem máscaras em áreas com altas taxas de infecção do vírus, como recomendado nesta semana pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

“Passamos os últimos seis meses nos preparando para isso [a alta dos casos]”, disse ele, acrescentando que os EUA agora têm as ferramentas para impedir as medidas restritivas do ano passado. “Para deixarmos esse vírus para trás, precisamos vacinar mais pessoas.”

Antes do anúncio da Casa Branca, a prefeitura de Nova York já havia revelado que ofereceria US$ 100 a pessoas que se vacinassem. A medida foi criticada nas redes sociais por pessoas que já se imunizaram.

Biden reconheceu que o pagamento é injusto com aqueles foram aos postos logo no início da campanha de vacinação. Mas destacou que as autoridades devem usar todos os meios à disposição para aumentar o número de imunizados no país. Isso seria, segundo ele, uma vitória para todos.

O presidente americano voltou a defender que o uso de máscaras e a vacinação não são um ato político. No discurso, citou republicanos, como o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, que estão fazendo apelos públicos para que os americanos se protejam do vírus.

“Isso não é sobre Estados vermelhos ou azuis. É sobre vida e morte”, disse ele, citando as cores dos dois principais partidos americanos.

Também como forma de acelerar a vacinação, Biden anunciou que pequenas e médias empresas serão reembolsadas se oferecem a seus funcionários licenças remuneradas para que eles próprios se vacinem ou levem seus familiares para receber doses dos imunizantes.

Uma pesquisa feita divulgada pela Casa Branca mostrou que metade dos trabalhadores americanos tiveram acesso a esse benefício. Desse total, 75% foram se vacinar.

De acordo com dados do CDC, 49,4% dos americanos estão totalmente vacinados. Mais de 57% já receberam pelo menos uma dose dos imunizantes contra a covid-19.

Mas os índices variam entre os Estados. Enquanto no Mississipi, por exemplo, apenas 49,5% das pessoas com mais de 18 anos já tomaram pelo menos uma dose, essa taxa chega a 86,6% em Vermont.

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