26/07/2022 às 09h46min - Atualizada em 26/07/2022 às 09h46min

IPCA sobe 0,13% comparado a junho; alta registrada foi abaixo da expectativa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do índice oficial de inflação do Brasil, publicado na manhã desta terça-feira (26) pelo IBGE, teve alta de 0,13% na comparação mensal com junho, mas desacelerou para 11,39% se comparado ao mesmo mês de 2021, diz o site InfoMoney.

Foi a menor variação mensal registrada desde junho de 2020, enquanto acontecia a primeira onda da pandemia, quando foi registrada uma alta de 0,02%. Em julho do ano passado a taxa foi de 0,72%, o que fez a alta desacelerar nos últimos 12 meses, passando de 12,04% em junho para 11,39% em julho.

Os dados ficaram levemente abaixo da expectativa do mercado, que era de alta de 0,17% na base mensal e de 11,41% na anual, segundo o consenso Refinitiv.

A inflação desacelerou puxada pelos grupos de transportes e habitação (queda de 1,08% e de 0,78%, respectivamente). Segundo o IBGE, esses grupos contribuíram conjuntamente com uma redução de 0,36 ponto percentual no IPCA-15 de junho.

Medidas do governo

A desaceleração da inflação ocorre em meio a diversas medidas adotadas pelo governo federal e aprovadas no Congresso para tentar frear a escalada de preços, sobretudo dos combustíveis e da energia elétrica.

O banco Itaú, que projetava uma alta mensal de 0,19% e anual de 11,46%, estimava que o IPCA-15 do mês já mostraria “algum efeito das reduções de impostos sobre combustíveis, telecomunicações e energia elétrica, com impacto deflacionário para os consumidores, embora não totalmente”.

Isso porque a “janela de coleta” do IPCA-15 começou na metade de junho, portanto antes da implementação dessas medidas. “O IPCA ‘cheio’ de julho, incorporando a maior parte do efeito, deve registrar deflação de 0,67%”, estima o banco.

Principais contribuições

Apesar do resultado abaixo da expectativa do mercado, houve variações positivas em 6 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE e, no ano, o indicador já acumula alta de 5,79% (acima da meta do Banco Central para a inflação do ano inteiro). O maior impacto (0,25 ponto percentual) veio de alimentação e bebidas (alta de 1,16%), que acelerou em relação a junho (+0,25%), e a maior variação veio de vestuário (aumento de 1,39%), que já acumula alta de 11,01% no ano.

No lado das quedas, destacam-se os grupos transportes e habitação ( com -1,08% e -0,78%, respectivamente), que juntos contribuíram para reduzir o IPCA-15 em 0,36 pontos percentuais no mês. Os demais grupos ficaram entre -0,05% de comunicação e +0,79% de despesas pessoais.

 

Da Redação

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