21/07/2022 às 09h15min - Atualizada em 21/07/2022 às 09h15min

Acordo entre Mercosul e Cingapura pode incrementar PIB em R$28,1 bilhões

O Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e Cingapura pode representar um incremento de R$28,1 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2041, estima o Ministério da Economia. Segundo a Pasta, no mesmo período, é esperado um aumento de R$11,1 bilhões nos investimentos, R$21,2 bilhões nas exportações brasileiras para aquele país e R$27,9 bilhões nas importações.

Além do acordo com Cingapura, o Mercosul decidiu reduzir em 10% a Tarifa Externa Comum (TEC). Em novembro do ano passado, o Brasil reduziu unilateralmente a TEC em 10%, aproveitando uma exceção no regulamento do bloco que permite medidas do tipo para a "proteção da vida e da saúde das pessoas". Em maio deste ano, após o acirramento da guerra entre Ucrânia e Rússia, o governo brasileiro conduziu uma nova redução de 10%, em diversos produtos.

A homologação da redução pelos demais países do Mercosul é vista pelo governo brasileiro como um ato simbólico que fortalece a medida tomada por Brasília no ano passado. O Brasil não conseguiu, entretanto, que a segunda baixa de 10% da TEC fosse homologada por todos neste momento.

A abertura da reunião do Conselho de Mercado Comum contou com a presença virtual de autoridades do Ministério do Comércio e Indústria de Cingapura, que destacaram a conclusão das negociações com o Mercosul para a assinatura de um tratado de livre comércio, que deve ocorrer na reunião de chefes de Estado do bloco, amanhã.

As tratativas entre o Mercosul e Cingapura começaram ainda em 2018. No ano passado, as exportações do bloco para o país asiático alcançaram US$5,9 bilhões, enquanto as importações somaram US$1,25 bilhão. A expectativa é de que o acordo possibilite um incremento de US$500 milhões nas vendas do Mercosul para a ilha.

Por se tratar de um entreposto importante para o comércio no Sudeste Asiático, Cingapura é o sexto principal destino das exportações brasileiras, com US$939,36 milhões em embarques em junho, ou 2,88% do total vendido pelo País.

 

Conteúdo Estadão

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