29/07/2021 às 11h00min - Atualizada em 29/07/2021 às 11h00min

Pessoal ocupado em empresas de comércio recuou 0,4% em 2019, diz IBGE

Antes mesmo da pandemia, o pessoal ocupado nas empresas comerciais brasileiras já tinha recuado em 2019 e ainda não recuperara as perdas da recessão brasileira iniciada em 2015. Os dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2019, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que houve retração de 0,4% no número de trabalhadores deste setor em 2019, frente a 2018, para 10,167 milhões de pessoas.

O contingente ocupado era 4,4% inferior aos 10,633 milhões de 2014, ou seja, 466,1 mil postos de trabalho a menos. Ao observar o período entre 2010 e 2019, no entanto, observa-se um aumento de 12,5% das vagas.

Na passagem entre 2018 e 2019, a queda foi puxada pelo recuo de 1,3% do pessoal empregado pelo comércio varejista – que atende ao consumidor final. Houve alta nos outros dois segmentos do comércio: por atacado (2,7%) e veículos, peças e motocicletas (1,2%). No atacado, estão incluídas as vendas para consumidores intermediários e também as empresas exportadoras.

A maior parte dos ocupados no setor (7,5 milhões) estava empregada no comércio varejista, acompanhada pelo comércio por atacado (1,7 milhão) e o comércio de veículos, peças e motocicletas (908 mil).

“O comércio e as famílias ainda enfrentavam, em 2019, as consequências da recessão de 2015. Na pandemia, foi uma das atividades que mais sofreu. Teremos uma noção desse impacto quando saíram os próximos resultados da PAC, relativos ao ano de 2020”, diz a pesquisadora do IBGE Synthia Kariny Silva de Santana.

Em 2019, o crescimento das vendas do comércio varejista foi de 1,8%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do próprio IBGE, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB), que mede a economia como um todo, teve expansão de 1,4%.

Entre as empresas comerciais, houve aumento de pessoal ocupado em construção, TI e vestuário (no atacado) em 2019, enquanto setores como artigos culturais, recreativos e esportivos e vestuário (no varejo) tiveram redução. A diferença de desempenho no vestuário entre o comércio varejista e por atacado se deve, segundo Synthia, à maior capacidade de as empresas que atuam por atacado lidarem com momentos mais difíceis, com melhor acesso a crédito e condições de pagamento, por exemplo.

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