28/06/2022 às 09h29min - Atualizada em 28/06/2022 às 09h29min

Mesmo em guerra, Rússia promete que irá manter comércio de fertilizantes para o Brasil

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em conversa com o presidente Jair Bolsonaro, disse que vai manter as exportações de fertilizantes para o Brasil. Os fertilizantes usados no agronegócio são considerados essenciais para o setor. O Brasil consome 8%, cerca de 55 milhões de toneladas, de toda a produção mundial de fertilizantes e importa 85% do insumo. O principal fornecedor é a Rússia, que sofre forte embargo econômico dos países desenvolvidos, por conta da invasão militar na Ucrânia.

Em comunicado, o governo russo informa que "os problemas de segurança alimentar global foram longamente discutidos. O presidente russo fez uma avaliação detalhada das causas da difícil situação no mercado mundial de produtos agrícolas e fertilizantes. Enfatizou a importância de restaurar a arquitetura do livre comércio de produtos alimentícios e fertilizantes que foi destruída pelas sanções ocidentais. Neste contexto, Vladimir Putin salientou que a Rússia está empenhada em cumprir suas obrigações de garantir o fornecimento ininterrupto de fertilizantes russos aos agricultores brasileiros.".

O presidente brasileiro confirmou a conversa com Putin, ressaltando que a questão da produção de alimentos e da segurança energética foram os principais assuntos discutidos entre ambos.

Petrobras

Bolsonaro também comentou sobre a troca de comando na Petrobras. "Teremos uma nova dinâmica também na Petrobras na questão dos combustíveis no Brasil. E tudo vai ser analisado na conformidade, na base da lei, sem querer mexer no canetaço na Lei das Estatais, sem querer interferir em nada, mas com muito respeito e muita responsabilidade", disse o presidente.

Desde 2016, a Petrobras adota a chamada Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo brent, que é calculado em dólar. Essa diretriz foi defendida por todos os presidentes da estatal indicados nos últimos seis anos, durante os mandatos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro.

 

Da Redação, com Agência Brasil

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