A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil somou 2,4 milhões de toneladas na primeira quinzena de junho, alta de 7,7% frente a igual período do ano passado, de acordo com pesquisa da S&P Global Commodity Insights com 12 analistas. A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) deve publicar os números oficiais no início da próxima semana. Entre os analistas ouvidos, a expectativa de moagem varia de 39,4 milhões a 45 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com média de 42,2 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume médio representará alta anual de 15,6%.
"Embora haja uma ampla gama de estimativas para a moagem de cana na primeira quinzena de junho, ainda há amplo consenso para o mix de produção esperado ainda favorável à produção de etanol em relação ao ano passado", afirma a S&P Global. "Além disso, espera-se que os números de produção da primeira quinzena de junho sejam maiores do que no ano passado por causa das fortes chuvas durante o primeiro semestre de 2021 no Sudeste, o que fez com que as usinas parassem de produzir por alguns dias".
O levantamento espera que o mix de açúcar no período fique em 44,6%, ante 46,2% um ano antes. Segundo a entidade, os produtores brasileiros aproveitaram a alta recente dos preços do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas agora as usinas devem começar a direcionar mais matéria-prima para a produção de açúcar.
A fabricação de etanol de cana-de-açúcar deve totalizar 1,95 bilhão de litros, alta de 13,9% na comparação com o ano anterior. A Platts calcula que o hidratado em uma usina em Ribeirão Preto (SP) convertido em equivalente açúcar bruto ficaria em 17,57 centavos de dólar por libra-peso em 22 de junho. Já o índice de Açúcar Total Recuperável (ATR) deve ficar em 133,6 kg/t na quinzena, baixa de 3,5% na comparação anual.
Conteúdo Estadão