A S&P Global Ratings anunciou nesta quarta-feira que elevou o perfil de crédito individual (SACP, na sigla em inglês) da Petrobras de “bb” para “bb+” e reiterou as notas de crédito da petroleira, a global em “BB-” e a nacional em “brAAA”, ambas com perspectiva estável.
Os analistas Luísa Vilhena e Luciano Gremone escrevem que a Petrobras vem reduzindo sua dívida de forma substancial nos últimos trimestres, mantendo bom fluxo de caixa operacional e seu programa de desinvestimentos.
“A companhia vai se beneficiar de preços mais altos dos petróleo, acima de US$ 65 o barril, o que vai ajudar suas receitas e fluxo de caixa, permitindo que reduza sua dívida bruta abaixo de US$ 60 bilhões antes da meta de 2022”, diz a agência.
O relatório aponta que, mesmo com uma possível alta nos investimentos no pós-pandemia, a Petrobras vai manter uma geração de caixa sólida, controlando sua alavancagem, o que permitirá o pagamento de dividendos.
“Esperamos que a Petrobras apresente alavancagem de 2 a 2,5 vezes e fluxo de caixa de operações por dívida entre 35% e 40% nos próximos dois anos, comparado a 3,1 vezes e 27,1% em 2020”, apontam. Eles revisaram o perfil de risco financeiro de agressivo para significativo.