São Paulo, 6 - A safra de café 2022/23 da Colômbia, segundo maior produtor mundial do tipo arábica, foi estimada em 13 milhões de sacas, o que corresponde ao mesmo nível da produção 2021/22, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). De acordo com relatório do USDA, embora as condições meteorológicas sejam normais, a produtividade das culturas pode sofrer os efeitos negativos da redução na aplicação de fertilizantes por causa da alta de preços do produto. "A invasão russa da Ucrânia apertou a oferta mundial de fertilizantes e impulsionou os preços dos insumos", afirmou o departamento em nota. Conforme o USDA, as exportações de café pela Colômbia em 2022/23 permanecem inalteradas em 13 milhões de sacas. Já as importações de café devem atingir 1,9 milhão de sacas no ano safra 2022/23 para equilibrar a demanda com exportações e consumo interno. Em 2022/23, o consumo interno de café na Colômbia está previsto em 2,15 milhões de sacas, o que não representa alteração em relação ao ano anterior. Os estoques estão previstos em 485 mil sacas em 2022/23 ante 780 mil sacas em 2021/22, como resultado da diminuição da produção, da demanda interna inalterada e dos bons níveis de exportação. O USDA também fez revisões para o período 2021/22. A estimativa de produção de café colombiano diminuiu de 13,8 milhões para 13 milhões de sacas. "Chuvas excessivas e nebulosidade provocadas pelo fenômeno climático La Niña durante os primeiros cinco meses de 2022 afetaram a produção de café", destacou a entidade. As exportações de café da Colômbia em 2020/21 foram revisadas de 14 milhões de sacas para 13,1 milhões de sacas, queda de 6,7%. A mudança é consequência de uma expectativa menor de produção e um aumento do consumo interno. As importações de café para 2021/22 aumentaram 9,1%, de 1,7 para 1,8 milhão de sacas, com o Brasil representando o maior fornecedor da commodity, com 64% do total.