Representantes do Brasil e da China anunciaram avanços significativos na pauta comercial do agronegócio, que deve refletir na ampliação e diversificação de negócios entre as partes. A informação foi divulgada em nota conjunta dos Ministérios da Agricultura e de Relações Exteriores por ocasião da 6ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação (Cosban), na noite desta segunda-feira, 23.
Durante a reunião, ambas partes anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, a se realizar em data a definir, no período de 21 a 24 de junho de 2022.
Foram retomadas, ainda, as exportações brasileiras de carne bovina à China, temporariamente interrompidas após a ocorrência de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca, no Brasil. Deu-se também continuidade ao processo de habilitação de estabelecimentos brasileiros exportadores de laticínios e produtos cárneos.
Foram firmados quatro protocolos, para exportação de farelo de algodão, carne bovina termoprocessada e melão do Brasil para a China, bem como de exportação de peras da China para o Brasil. Foram concluídas, também, visitas de inspeção para amparar exportações brasileiras de farelo e proteína concentrada de soja, aves e ovos e soro sanguíneo bovino à China. Do lado das exportações chinesas, foram realizadas auditorias em estabelecimentos produtores de envoltórios naturais para exportação ao Brasil.
Ambos países acordaram, também, dedicar esforços para finalizar, até o final de 2022, as negociações relativas às exportações brasileiras de gergelim, sorgo e uvas, bem como atribuir prioridade às negociações visando permitir as exportações brasileiras de farinhas de pescado, aves e suínos, assim como as exportações chinesas de maçãs para o Brasil.
Conteúdo Estadão