A cúpula do Congresso espera que a posse do presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), como ministro-chefe da Casa Civil faça com que a pasta assuma de fato uma posição de coordenação das diferentes posições do governo na discussão de projetos com o Legislativo.
Na avaliação deles, a Casa Civil deve ser o órgão responsável por consolidar uma posição única de governo e levá-la ao Parlamento, mas a gestão do ainda ministro Luiz Eduardo Ramos pecava pela falta de diálogo interno sobre as propostas em debate no Congresso.
Parlamentares reclamam que é comum terem que arbitrar disputas entre os ministérios quando discutem projetos em tramitação. Às vezes, as divergências existem até entre áreas de um mesmo ministério, o que atrapalharia a negociação das propostas.
O relator de uma importante medida do governo votada este ano pelo Congresso relatou recentemente ao Valor que, durante a tramitação, ouviu um secretário do Ministério da Economia reclamar de trecho incluído a pedido de outro secretário em seu parecer.
A cúpula do Congresso espera que a experiência de Ciro Nogueira na casa faça com que a posição do governo sobre os temas chegue mais “redonda” para o debate, sem que os próprios parlamentares precisem arbitrar sobre qual posição prevalecerá no Executivo.