Os contratos futuros do petróleo fecharam sem direção única, pressionados por um lado pelos temores em torno da variante delta da covid-19 e recebendo suporte por outro dos balanços trimestrais positivos nos EUA.
O contrato do petróleo Brent para setembro fechou em alta de 0,53%, a US$ 74,50 por barril na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para o mesmo mês recuou 0,22%, a US$ 71,91 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, recua 0,29%, a 92,638 pontos.
"O apetite por risco claramente melhorou bastante ao longo das últimas semanas, e, assim como outros ativos de risco, o petróleo está fazendo uma pausa antes dos próximos dias, que serão intensos", diz a Oanda, em nota. "A recuperação do segundo trimestre acelera o pulso com a perspectiva do que está por vir [...] A próxima onda de covid-19 é um risco para isso, mas não no mesmo nível que os surtos anteriores".
Esta será a semana mais atarefada da temporada de balanços trimestrais nos EUA, com 169 companhias, representando 48% da capitalização (market cap) do S&P 500 divulgando resultados.
Até o momento, empresas representando 25,3% da capitalização do S&P 500 já reportaram resultados, com os lucros superando as estimativas em 18,3%, com as empresas do setor financeiro, em especial, superando o consenso em 28,2%. De acordo com dados do Credit Suisse, 86% das companhias reportaram lucros acima do esperado.