São Paulo, 13 - O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, anunciou na terça-feira, 12, as medidas que o Departamento de Agricultura do país (USDA) está tomando para estabelecer a campanha de independência energética norte-americana. A estratégia prevê o aumento do uso de biocombustíveis produzidos internamente e o apoio ao plano, apresentado na terça pelo presidente Joe Biden, de adicionar 15% de etanol à gasolina utilizada durante o verão, medida chamada de E15. "O anúncio do presidente se baseia em suas ações ousadas para reduzir os preços da energia e combater o aumento dos preços ao consumidor causado pelas ações de Putin", afirmou Vilsack. Ainda segundo ele, no curto prazo, as famílias norte-americanas "sentirão alívio do aumento dos preços dos combustíveis" e, no longo prazo, o país poderá sustentar a independência energética. Como parte do apoio ao plano, o USDA anunciou o direcionamento de US$ 5,6 milhões para desenvolver uma infraestrutura capaz de expandir a disponibilidade de combustíveis renováveis em aproximadamente 59,5 milhões de galões por ano. O financiamento será realizado em 7 Estados: Califórnia, Delaware, Illinois, Maryland, Nova Jersey, Nova York e Dakota do Sul. O Departamento de Agricultura norte-americano também divulgou o investimento de US$ 700 milhões para apoiar pagamentos aos produtores de biocombustíveis. "Os produtores podem esperar o envio dos recursos antes do fim de abril", afirmou o USDA, em nota. Outra medida anunciada pelo órgão foi o direcionamento de US$ 100 milhões para fornecer subsídios para instalação, modernização ou atualização das infraestruturas necessárias para a distribuição de biocombustíveis e misturas de E15. Segundo o USDA, o governo dos Estados Unidos reforça ainda o compromisso com o "Grande Desafio de Combustível de Aviação Sustentável", que visa a aumentar a produção de combustíveis de aviação sustentáveis para pelo menos 3 bilhões de galões por ano até 2030. De acordo com comunicado da entidade, US$ 4,3 bilhões já foram orientados para projetos no setor e pesquisas buscam um incremento de 30% na eficiência de combustível das aeronaves.