28/07/2021 às 10h27min - Atualizada em 28/07/2021 às 10h27min

Ibovespa cai mais que NY e perde os 124 mil pontos

O Ibovespa segue em firme queda na tarde desta terça-feira e chegou a perder a marca de 124 mil pontos, com quedas generalizadas em diferentes setores. Entre as ações com maior peso no índice, Petrobras e Vale seguem na ponta negativa, enquanto bancos tentam se manter em alta.

De acordo com analistas, o pano de fundo do movimento traz tanto uma realização de lucros em Wall Street, após as bolsas americanas renovarem máximas históricas, quanto uma visão um pouco mais cautelosa sobre as medidas de intervenção estatal da China na empresas do país. Tudo isso atinge os mercados emergentes, inclusive o Brasil.

Por volta das 15h40, o Ibovespa tinha queda de 1,49%, aos 124.131 pontos, não muito distante das mínimas do dia, quando tocou 123.670 pontos. O giro financeiro é relativamente modesto, de R$ 13 bilhões, e projeção de chegar a R$ 17,186 bilhões no fim do dia. Em NY, Dow Jones cai 0,56%, S&P, 0,99% e Nasdaq, 2,04%.

“É uma combinação de realização de lucros, onda de vendas e preocupação com China, devido à intervenção mais forte do governo nas empresa. Esse sell off começou na Ásia, mas o mercado americano sofre mais com uma realização de lucros”, explica Vitor Miziara, sócio e responsável pela equipe de renda variável na Criteria Investimentos.

Para ele, há também o efeito da ansiedade com a reunião do Federal Reserve, cuja decisão de política monetária será anunciada amanhã. “O mercado fica mais alerta com os possíveis sinais dos próximos passos, principalmente depois que as projeções dos dirigentes do Fed ficaram acima de 2% para 2023. Isso deve trazer uma leitura mais hawk amanhã”, acrescenta.

Entre as maiores baixas do dia estão CVC ON, Banco Inter Units, Braskem PNA, PetroRio ON e Gerdau PN.

Por outro lado, o setor de bancos tenta se manter em alta, com ganhos observados nas ações do Itaú e com outras companhias do segmento operando em quedas moderadas. Na avaliação de analistas, uma rotação entre setores continua no país e beneficia as instituições financeiras, motivada pelo cenário de elevação mais agressiva da Selic e expectativa positiva da temporada de balanços.

Segundo analistas, as expectativas de um aperto mais agressivo da taxa de juros brasileira pelo Banco Central, em meio à alta da inflação, é positiva para o setor, de maneira geral. Além disso, há expectativa de bons resultados na temporada de balanços, embora boa parte da variação nos ganhos seja por uma base comparativa baixa de 2020.

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