28/07/2021 às 10h27min - Atualizada em 28/07/2021 às 10h27min

EDP Brasil se vê bem posicionada para enfrentar a crise hídrica

A EDP Brasil vem buscando se antecipar a qualquer impacto adicional da crise hídrica em seus resultados, mas considera que medidas de proteção do portfólio tomadas desde o ano passado a colocam numa situação confortável para enfrentar o cenário adverso para o resto do ano.

“A gestão do risco hídrico será um tema crítico no segundo semestre. No primeiro semestre, tivemos resultados consistentes, nossos mitigadores funcionaram, a comercializadora teve resultados bons”, disse Henrique Freire, diretor financeiro da elétrica, durante teleconferência de resultados referentes ao segundo trimestre.

De acordo com Freire, a companhia já realizou operações de hedge de energia, com alocação principalmente no terceiro trimestre deste ano. “Muito dessa energia foi adquirida até o fim do ano passado, com custo inferior a R$ 200 por megawatt-hora. Estamos confortáveis para enfrentar o resto do ano, apesar das condicoes mais negativas do que antecipávamos a seis meses ou um ano atrás”, acrescentou.

Depois de ter apostado na privatização da gaúcha CEEE-T e não ter saído vencedora, a EDP Brasil segue avaliando negócios em transmissão de energia, área prioritária no plano estratégico de longo prazo do grupo.

“Continuamos vendo outras oportunidades no mercado secundário e nos próprios leilões, no último fomos vencedores do lote no Acre e em Rondônia. Entendemos que o mercado ainda tem outras consolidações, como em Goiás, que pode talvez neste ano”, disse Luiz Otavio Assis Henriques, diretor da EDP. No caso de Goiás, o ativo que deve ir à venda é o braço de transmissão da estatal Celg.

Ainda na teleconferência, Henriques avaliou que o cenário hidrológico para 2022 continuará desafiador, como apontado pelas análises do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Teremos que fazer uma recuperação do reservatórios durante o período de chuvas, e isso quer dizer que a necessidade de hedge deverá entrar em 2022”.

“Entendemos que 2022 vai exigir uma extensão do despacho térmico, automaticamente [resultando em] um deslocamento de GSF [risco hidrológico] e preços naturalmente mais elevados. Mas continuamos com nossa posição de hedge, já temos hedge de 20%”.

Energia solar

O portfólio de energia solar da EDP Brasil deve alcançar 100 megawatts-pico (MWp) nos próximos meses, afirmou Carlos Andrade, diretor de estratégia e desenvolvimento de negócios da companhia. Hoje, a elétrica tem 50 MWp em usinas já instaladas e outros 50 MWp em implantação.

Ainda na teleconferência, a EDP reforçou sua meta de atingir 1 GW de capacidade instalada de energia solar em 2025. Segundo a companhia, metade desse portfólio seja de geração distribuída (pequenos sistemas) e a outra metade, de geração centralizada, em projetos desenvolvidos juntos com sua “irmã”, a EDP Renováveis.

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