21/03/2022 às 10h06min - Atualizada em 21/03/2022 às 10h06min

JBS inicia produção de fertilizantes a partir de resíduos gerados em suas operações

A JBS anunciou na última sexta-feira (18) que deu começou a produzir fertilizantes no Brasil. A produção inicial será de 159 mil toneladas ao ano com matéria-prima dos resíduos gerados nas suas próprias operações, segundo o site especializado CarneTec.

O investimento foi de R$ 134 milhões na fábrica Campo Forte Fertilizantes, em Guaiçara (SP).

A diretora executiva na JBS Novos Negócios, Susana Carvalho, revelou em nota que “essa inauguração reforça o propósito sustentável da JBS e é mais uma iniciativa de economia circular do grupo, que dará um destino correto aos resíduos de suas operações, gerando um produto com valor agregado, a partir de um processo industrial altamente tecnológico e sustentável”.

A produção de fertilizantes pela empresa no Brasil coincide com a crise mundial do insumo provocada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Rússia e Belarus são os dois maiores produtores mundiais de fertilizantes dos quais o Brasil importa cerca de 85% do que utiliza nas lavouras.

O Brasil lançou o Plano Nacional de Fertilizantes e pretende reduzir a dependência dos importados em até 40% até 2050. Além da Rússia e Belarus, o Brasil importa da China e do Canadá.

A JBS vai produzir fertilizantes orgânicos, organominerais e especiais, com resíduos orgânicos e matérias-primas minerais com rejeitos de seus próprios subprodutos.

A processadora informa que “a operação atenderá tanto empresas (B2B) como os consumidores finais (B2C), com uma proposta de venda consultiva e técnica, apoiada por análises laboratoriais e suporte na tomada de decisão de compra”.

Também informa que vai priorizar a venda para as culturas da soja, milho, café, cana-de-açúcar, hortofrutícolas, além de pastagens e florestas.

O CarneTec informa em seu texto que “o investimento em fertilizantes está alinhado ao compromisso Net Zero 2040 da JBS de zerar o balanço líquido das suas emissões de gases causadores do efeito estufa, considerando toda a sua cadeia de valor”.


Da Redação

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