16/02/2022 às 09h29min - Atualizada em 16/02/2022 às 12h52min

Mais arrobas com planejamento e orçamento forrageiro

Os capins normalmente utilizados em pastagens apresentam estacionalidade da produção de forragem. Na época do ano onde temos temperaturas elevadas, chuvas e dias longos há elevada produção de forragem. No período que os dias são mais frios, com chuvas escassas e luminosidade menor, o acúmulo de massa é menor chegando a somente a 10-20% da produção anual. Para não faltar alimento para o gado, é necessário planejamento e um bom orçamento forrageiro.

Um ano com chuvas escassas como foi o 2021 e tem sido esse início de ano no centro sul do país prejudica muito o uso das pastagens porque temos um período curto de acúmulo de massa e consequentemente de utilização das forragens. Precisamos explorar ao máximo essas pastagens durante essa época do ano em que ainda há temperaturas elevadas, um pouco de chuva e os dias são longos e mesmo com os preços elevados de adubos é a hora de intensificarmos a fertilização, manejar melhor os pastos e explorar o potencial forrageiro.

Um bom planejamento para organizar a utilização das pastagens e programar sobras para o período de escassez é fundamental. Uma ferramenta é o orçamento forrageiro onde se mede a oferta de forragem de cada pastagem, estima-se o acúmulo de forragem, existem modelos que fazem isso, Ex. Invernada – Embrapa e ajusta-se o uso conforme o comportamento da oferta de capim. O importante é ter um sistema de acompanhamento organizado de monitoramento da altura, oferta e taxa de lotação das pastagens. Essas informações serão fundamentais para organizar o uso dos pastos e determinar a necessidade de adubação e suplementação.

Propriedades que têm orçamento forrageiro e fazem adequação da taxa de lotação à oferta de forragem, com controle do número de animais de cada área da fazenda, as utiliza de forma mais eficiente. Muitas vezes existem pastagens subutilizadas enquanto alguns pastos estão com taxas de lotação acima de sua capacidade.

Aquelas propriedades que têm o solo corrigido, principalmente a acidez e o fósforo, podem fazer uso de uma adubação mais completa e inclusive, lançar mão do uso de nitrogênio que favorecerá o acúmulo de forragem e com isso explorar altas taxas de lotação nas áreas melhores durante as chuvas e recuperar com menor utilização de nitrogênio e/ou vedação, as áreas mais prejudicadas pelo pastejo abaixo da altura ideal de corte. Essas pastagens serão isoladas após adubação e ficarão sem gado para permitir sua recuperação durante a época das águas e proporcionar uma reserva de alimento para período seco, em especial naquelas propriedades que não tem estratégia de suplementação volumosa para esse período.

É muito importante que ter um orçamento forrageiro e planejar o melhor uso de das pastagens tanto na época das águas como na seca, ajustando a oferta de forragem, taxa de lotação, uso de adubação nitrogenada e volumoso suplementar.


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