26/07/2021 às 13h13min - Atualizada em 26/07/2021 às 13h13min

Índice de Confiança do Consumidor da FGV sobe em julho

Com melhores expectativas sobre a economia e as finanças da família, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) aumentou 1,3 ponto, para 82,2 pontos em julho, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o maior nível desde outubro do ano passado. Na média móvel trimestral, o índice subiu 3,2 pontos, segunda alta após seis meses consecutivos de queda.

“A confiança dos consumidores segue em recuperação pelo quarto mês consecutivo. Há melhora das perspectivas futuras, mas o índice que mede a situação atual continua rodando em torno dos 70 pontos, mostrando que, apesar do otimismo, os consumidores têm tido dificuldade de recuperação financeira”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens da FGV. Essa dificuldade tem sido maior entre as famílias de menor poder aquisitivo, que têm mais dificuldade de obter emprego, organizar as finanças familiares e sofrem maior impacto do aumento dos preços principalmente dos alimentos, continua Viviane.

O cenário dos próximos meses vai depender do avanço da vacinação, do controle das novas cepas para que a confiança continue avançando, diz a coordenadora.

Em julho, houve melhora da percepção dos consumidores sobre as expectativas em relação aos próximos meses e acomodação da satisfação em relação a situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,7 ponto, para 70,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 2,5 pontos, para 90,8 pontos, atingindo o maior patamar desde setembro de 2020.

Entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral se manteve praticamente estável com recuo de 0,1 ponto em julho, para 76,6 pontos, segundo maior valor desde março de 2020 (82,1). O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 1,2 ponto, para 65,8 pontos.

Com relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas em relação à situação da economia subiu 3,2 pontos, para 116,3, maior valor desde fevereiro de 2020 (116,9). Com respeito às perspectivas para a situação financeira das famílias nos próximos meses o indicador aumentou 3,2 pontos, para 92 pontos, maior valor desde novembro de 2020.

O ímpeto de compras para próximos meses se manteve relativamente estável ao variar 0,6 ponto para 65,2 pontos. Embora o indicador tenha aumento por quatro meses consecutivos, ainda está em patamar consideravelmente baixo quando comparado aos níveis pré-pandemia. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do indicador para compras previstas de duráveis foi de 82,7 pontos.

A análise por faixas de renda revela piora da confiança para a faixa mais baixa, cujo Índice de Confiança caiu 2,4 pontos, para 71,7 pontos. Para os consumidores com renda acima de R$ 9.600,0, o indicador subiu 3,3 pontos, para 93,2, maior valor desde janeiro de 2020.

A edição de julho da Sondagem do Consumidor colheu informações de 1.588 domicílios entre os dias 01 e 23 de julho.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://canalpecuarista.com.br/.