Algumas categorias primíparas, bois em terminação e vacas de alta produção de leite, respondem bem ao uso de suplementos com adição de óleo, como óleos vegetais, sementes de oleaginosas como o caroço de algodão ou gordura protegida. Esses alimentos aumentam a densidade energética da dieta melhorando o desempenho e desde que os preços sejam acessíveis e econômicos podem ser usados.
A inclusão de gordura na dieta pode ser interessante, pois é uma fonte densa de energia e enquanto carboidratos têm cerca de 4 Mcal/kg, a gordura tem 9 Mcal/kg, ela é fonte de ácidos graxos essenciais; melhora a absorção de vitaminas lipossolúveis; melhora a eficiência energética das dietas e reduz o pó das rações. Além disso, o aumento do extrato etéreo nas dietas pode diminuir a emissão de metano, uma vez que o óleo tem efeito deletério maior sobre bactérias metanogênicas, apresentando toxicidade dos ácidos graxos, especialmente insaturados para as bactérias celulolíticas.
A adição de óleos às dietas permite aumentar a densidade energética das dietas e o fornecimento de alimentos mais energéticos às categorias mais exigentes como primíparas e animais em terminação, melhorando o escore corporal e o ganho de peso.
As sementes de oleaginosas como o caroço de algodão, óleos vegetais e gordura protegida quando encontradas a preços competitivos podem ser adicionadas às dietas melhorando sua composição e o fornecimento de energia aos animais. As quantidades devem ser balanceadas pois quando em excesso, diminuem a degradação de fibra no rúmen prejudicando a aproveitamento de alimentos volumosos, em particular as pastagens.
Alguns alimentos, desde que não usados em excesso, como sementes de oleaginosas podem ser usadas e o caroço de algodão que têm particularidades que o tornam muito interessante, pois é uma excelente fonte de energia e ainda tem em sua composição boa quantidade de proteína e ainda fibra que ajuda na manutenção do pH ruminal. Sempre usar as oleaginosas sem moer para diminuir o excesso de óleo no rúmen.
Os farelos gordos, tortas, cuja extração de óleo deixa uma maior quantidade de extrato etéreo no farelo também são opções de uso, pois além da proteína têm lipídeos em maior proporção aumentando sua energia.
Os óleos dependem da disponibilidade local, mas melhoram a energia da dieta diminuindo a poeira dos concentrados e favorecendo a manipulação na fábrica, bem como problemas respiratórios dos animais.
A gordura protegida é uma excelente opção de aumento da densidade energética em dietas com composição elevada de grãos, melhorando o aporte de energia sem comprometer o funcionamento ruminal.
A utilização de dietas com maior teor de óleos favorece o ganho de peso e desempenho de animais que necessitam de dietas de alto valor energético e é uma estratégia que dependendo da disponibilidade e preço deve ser usada nas dietas.
O uso de alimentos ricos em óleos vegetais pode melhorar a densidade energética de dietas e devem estar no radar de opções de alimentos a serem usados por bovinos.