28/01/2022 às 10h56min - Atualizada em 28/01/2022 às 10h56min

Seca intensa deve quebrar a produção de arroz em 600 mil toneladas no Rio Grande do Sul

Algumas regiões produtoras de arroz ainda conseguiram ser beneficiadas pelas chuvas dos últimos dias, mas importantes áreas produtoras permanecem em estado crítico. Segundo o site Planeta Arroz, as lavouras da Campanha, Rosário do Sul e São Gabriel, São Borja Itaqui e Uruguaiana, com as chuvas esparsas, vão continuar em situação crítica. A publicação afirma que em São Borja não chove o necessário desde de novembro passado.

Para a meteorologista do Irga, Jossana Celion Cera, mesmo as regiões que tivera fortes chuvas nos últimos dias não se recuperam mais. Ela disse à publicação que “ainda que mais abrangente, a chuva não foi

Não há uma estimativa oficial sobre as perdas. Extraoficialmente, no entanto, a cadeia produtiva já estima os seus prejuízos. As cotas dos produtores preveem uma quebra de 600 mil toneladas na safra gaúcha.

Um analista avalia, a falta de chuvas e as altas temperaturas, vão ter fortes impactos. “A intenção de plantio passado antes do aumento de 1% na área semeada nesta temporada em relação à superfície colhida em 2021, como o entendimento é de que pelo menos essa diferença de área para mais no ano, ou seja, 9, 5 mil hectares preservados, em especial na Fronteira-Oeste Campanha e Depressão”.

Há áreas onde não houve nenhuma precipitação. Segundo o Planeta Arroz, “em Cachoeira do Sul, a cidade chegou a marcar 52mm de chuvas entre segunda e quarta-feira, mas de produção no interior do município tiveram entre 1mm e 6mm”.

O analista afirma que a área de 960 mil hectares, prevista para ser ocupada com a cultura, não foi usada por fala de chuvas suficientes. “Chuvas e início de recuperação foram de outubro, mas não tanto em outras regiões. E isso, associado a uma taxa de evaporação muito superior ao esperado e três anos de seca no Rio Grande do Sul, limitou a disponibilidade de água para irrigação semanas antes do esperado”.

Algumas áreas terá uma produção chocha, que não poderá ser comercializada. O especialista informa também que, “mesmo áreas com lâmina d´água, temos muitas reboleiras de panículas brancas ou falhas por causa das temperaturas por todo o Estado. A sensação térmica nos últimos 15 dias chegou a passar de 55 graus em alguns graus de preferência e há registros de temperatura prevista do solo, seco, acima de 60 graus. Não há variedades que resistam a isso e sejam altamente produtivas. É uma opção de planejamento da safra lá na fase de planejamento”.

Com as perdas e a diminuição da área plantada, o Planeta Arroz estima que “o RS colha, portanto, entre7,60 e 7,99 milhões de toneladas, algo entre 77% e 3% redução frente à colheita, portanto, passadas 8,23 toneladas de toneladas. O editor do Planeta Arroz diz: “vi algumas vezes mais excelentes, que terão produtividades altíssimas porque além do planejamento da irrigação ter sido muito eficiente, tiveram chuvas mais regulares e as temperaturas mais altas não pegaram uma fase de floração. Mas, no geral, há muitas áreas bastante impactadas”, após um giro pelas regiões Central e Campanha.

A publicação ressalta ainda que “além do clima, também é preciso lembrar que houve uma alta significativa nos custos de produção, em especial dos fertilizantes, energia e dessecantes. Quem comprou insumos em setembro, outubro, pagou 25% a 40% a mais do que comprou em abril. Isso é grave, impacta no pacote tecnológico adotado, e ainda pode implicar na redução do uso de insumos importantes e na redução dos controles de pragas, doenças e invasores”.


Da Redação

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