26/07/2021 às 13h13min - Atualizada em 26/07/2021 às 13h13min

Dólar oscila perto da estabilidade e juros sobem nos primeiros negócios

O dólar iniciou os negócios desta segunda-feira alternando leves altas e baixas, enquanto os juros futuros sobem, conforme investidores abriram uma semana de agenda carregada de olho nos sinais negativos de ativos de risco vindos do exterior.

Perto das 10h, o dólar comercial subia 0,22% contra o real, para R$ 5,2221. Diante de pares emergentes da moeda brasileira, o dólar registra apenas avanços moderados neste momento.

No mesmo horário acima, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subia de 6,05% no ajuste anterior para 6,105%; a do DI para janeiro de 2023 avançava de 7,47% para 7,545%; a do contrato para janeiro de 2025 variava de 8,34% para 8,37% e a do DI para janeiro de 2027 tinha alta de 8,73% para 8,72%.

Segundo o Bradesco, as preocupações com os impactos da variante Delta sobre o processo de reabertura da economia global seguem pesando sobre os negócios nesta manhã, mas os investidores monitoram com cautela a ofensiva regulatória da China sobre empresas dos setores de tecnologia e educação.

Os mercados de ações na Ásia foram os mais afetados pela decisão de Pequim. O governo chinês adotou novas regulamentações que visam a limitação do modelo de negócios das empresas de tecnologia, voltando a atenção às empresas de educação. A bolsa de Hong Kong, por exemplo, tombou 4%, enquanto o principal índice acionário em Xangai recuou pouco mais de 2%. No momento, os índices acionários futuros em Nova York e as bolsas na Europa têm leves baixas.

Ao mesmo tempo, a expectativa com os eventos da semana também gera certo resguardo dos agentes financeiros. Afinal de contas, a agenda traz o anúncio da decisão do Federal Reserve (Fed), na quarta, na qual deve ser detalhada a visão do banco central americano sobre a retomada econômica, o caráter da inflação e a necessidade de estímulos monetários à economia americana. Além disso, os Estados Unidos divulgam o PIB americano do segundo trimestre, na quinta.

Um catalisador local para o mercado de juros futuros é a perspectiva de uma alta mais forte da taxa Selic, que contribui para pressionar as taxas de curto prazo — mais sensíveis à política monetária e aos dados macroeconômicos. As apostas de que o Banco Central apertará os juros básicos em 1 ponto percentual na sua reunião de agosto voltaram a ser majoritárias no mercado, depois da divulgação dos dados piores do que o esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — 15 (IPCA-15) de julho na sexta-feira.

Essa leitura de aperto mais firme é reforçada na sessão de hoje, depois que o Boletim Focus exibiu elevação da mediana de projeção para IPCA de 2022 de 3,75% para 3,80%. Em suas comunicações oficiais mais recentes, o BC afirmou que elevaria o ritmo de alta da taxa básica caso houvesse deterioração das expectativas de inflação.

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