23/07/2021 às 10h51min - Atualizada em 23/07/2021 às 10h51min

Guedes diz que mudança em ministério é ‘natural’ e preserva 'coração' da política econômica

O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou como "natural" a minirreforma ministerial que o presidente Jair Bolsonaro pretende fazer. O movimento inclui o desmembramento da 'superpasta' da Economia para recriação do Ministério do Trabalho, que será entregue a Onyx Lorenzoni, atual titular da Secretaria-Geral da Presidência.

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Ele procurou assegurar que as mudanças previstas são um movimento necessário, mas que preservam o coração das diretrizes da política econômica. “Não vai mudar a orientação da política econômica, ela é a mesma”, afirmou o ministro.

Acrescentou que sempre teve “apoio total” do presidente Jair Bolsonaro para levar adiante sua agenda e que Lorenzoni integra a equipe de governo desde a transição e participou da elaboração do programa de governo.

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Questionado se a mudança não repercutiria mal no mercado, Guedes disse acreditar que não, porque os novos ministros são aliados do governo. O quadro seria diferente se fosse um político de esquerda ou algum crítico da política econômica.

Guedes frisou que a sustentação parlamentar é decisiva para o andamento da agenda de reformas econômicas e que é natural que o presidente queira reforçar essa sustentação, principalmente no Senado. “Vocês sabem que isso tem andado muito bem na Câmara, que acelerou as reformas, e os senhores sabem também que tem havido dificuldades no Senado. Então, é natural que haja uma reacomodação de forças políticas. É natural que o presidente queira reforçar a sustentação parlamentar, particularmente no Senado”, afirmou na porta do ministério.

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O ministro disse que sempre houve pressão pela separação de outras partes de sua pasta, como as relativas aos antigos ministérios do Planejamento e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, além da própria área de Previdência e Trabalho.

Guedes afirmou ainda que o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que deverá ocupar a Casa Civil, tem sido “um grande apoiador” das reformas e que é “absolutamente natural” ter um ministro político nessa função.

“O que é importante é o seguinte: as práticas são republicanas? Está acontecendo na transparência, à luz do dia? Não tem nenhum quiproquó. Nós precisamos de interlocução política lá no Senado. Tem parceiros que apoiam o governo, a centro-direita.”

O desmembramento do Ministério da Economia vai na direção contrária do que o ministro considera uma tendência para um eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro: a concentração de pastas, uma vez que a política é “Mais Brasil, menos Brasília”. No futuro, poderiam haver grandes ministérios para políticas sociais e para investimentos, exemplificou. “Agora: a curto prazo, precisa fazer acomodações políticas”, admitiu.

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