O procurador-geral da República, Augusto Aras, emitiu nota de repúdio afirmando que a sua recondução ao cargo não tem a ver com "eventuais pretensões eleitorais" do presidente Jair Bolsonaro no ano que vem.
Ele rechaçou reportagens segundo as quais Bolsonaro tinha interesse em reconduzi-lo para manter na função um nome alinhado ao seu governo, já que a PGR tem pendentes seis casos que podem implicar o presidente.
Na nota, Aras diz confirmar seu compromisso "com o respeito à Constituição e às leis, na defesa de princípios como o devido processo legal e os direitos fundamentais".
"A atuação se pautou sempre na defesa do sistema acusatório, no respeito às provas reunidas e não na retórica própria do ambiente político, mas que não deve nortear o funcionamento de órgãos que integram o Sistema de Justiça, caso do Ministério Público Federal", diz o texto.
"A defesa da democracia sempre foi e seguirá sendo a bússola para o procurador-geral da República. Quaisquer respostas decorrentes de fatos e não de especulações serão dadas no foro próprio e no momento oportuno, conforme já externado pela Procuradoria-Geral da República."